09 de maio | 2010

Partos normais são 96% mais que a recomendação da OMS

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No ano em que a Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão do Ministério da Saúde, investiu em ações para aumentar o índice de partos normais, em Olímpia, segundo dados divulgados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Economia e Planejamento, o total realizado nesse tipo de procedimento foi cerca de 96% maior que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No período Olímpia teve 29, 4% de nascimentos através de partos normais, sendo que o recomendável seria a taxa de 15%. Pelo menos isso é o que se pode depreender das informações relativas aos nascimentos registrados na cidade no período, quando comparado com informações divulgadas em página específica, no site da ANS.

Na ocasião a ANS apontava que o índice é muito superior aos observados em outros países e até mesmo em relação aos partos realizados no sistema público de saúde. Mesmo a taxa estadual, embora mais próxima é superior ao que seria o indicado.

De acordo com a Fundação Seade, no período cerca de 43,3% das crianças nasceram através de partos normais. Comparado a esse número o procedimento ficou cerca de 32% abaixo do registrado no Estado de São Paulo para o período, principalmente nos finais de semana quando são, ainda, menos freqüentes, especialmente aos domingo.

Dentre os resultados das 14 cidades analisadas pela reportagem desta Folha, a que mais se aproxima da taxa estadual e, conseqüentemente da indicada pela OMS, é Ribeirão Preto, onde 41,4 nascimentos ocorreram através desse procedimento.

Já na microrregião, que engloba seis municípios, apenas as cidades de Altair e Guaraci estão acima da casa dos 30%. A primeira com 32,8%, enquanto a segunda, com 34,4. Mas ambas perdem para Monte Azul Paulista, onde a taxa foi de 36,4. Enquanto isso, Severínia teve taxa de 29,2%, resultado melhor que o de Cajobi – 21,2%, e Embaúba – uma das cidades onde não existe hospital – que teve 11,1%.

Mas Barretos, que é sede da Divisão Regional de Saúde que abrange Olímpia, também não teve resultado recomendável, segundo a orientação da OMS. Lá a taxa foi de 21%, dois pontos menos que Bebedouro que teve 23% e apenas meio ponto percentual de Catanduva, onde a taxa foi de 21,5%.
Já pertencentes à região noroeste, as vizinhas São José do Rio Preto, que apresentou taxa de 20,7, e Mirassol com 21,9%, estiveram bem próximas. Por outro lado, Votuporanga surpreende ainda mais com a taxa de apenas 11,4%.
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