19 de julho | 2009

Parceria adia fechamento da UTI da Sta. Casa local

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A assinatura de uma parceria entre a Santa Casa de Olímpia, prefeituras da microrregião de Olímpia e, com participação efetiva do governo do Estado de São Paulo, adia a decisão da provedora Helena de Souza Pereira de encerrar as atividades da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, conforme  havia anunciado há cerca de uma semana, para a reportagem desta Folha da Região. A partir de agosto a instituição receberá um aporte de R$ 40 mil para custear a UTI.

Esse valor está previsto no acordo assinado na tarde da sexta-feira, dia 17 e prevê a entrada, no total de R$ 50 mil, no caixa da instituição pelo período de 12 meses, provavelmente, já a partir do próximo mês de agosto. Porém, desse total, R$ 15 mil será rateado entre as seis prefeituras da co­mar­ca de Olímpia.

“Houve uma luz no fim do túnel com esses R$ 40 mil que são destinados exatamente para a UTI e podemos contratar uma equipe para dar atendimento lá, até que a gente possa passar para um nível dois com um aumento para dez leitos e, então, funcionar mais dignamente ainda”, comentou a provedora Helena de Souza Pereira.

Esse acordo está dentro do Programa Pró Santa Casa II, que tramita desde 2007, prevendo o repasse de R$ 50 mil mensais, sendo R$ 35 mil da Secretaria Estadual de Saúde, mais a contrapartida de R$ 15 mil, divididos proporcionalmente às populações de cada um, entre os seis municípios da região atendidos no hospital. O projeto já está aprovado.

De acordo com a minuta, cuja cópia foi entregue à reportagem desta Folha da Região, a contra­par­tida dos municípios ficou assim definida: Olímpia (R$ 8,1 mil), Severínia (R$ 2.649), Gua­raci (R$ 1.603,50), Cajobi (1.594,50), Al­tair (R$ 627) e Embaúba (R$ 426).

Prefeito
De acordo com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, esse convênio, inicialmente
por 12 me­ses, pode até ser prorrogado por tempo igual. “Nós não temos garantia nenhuma dessa renovação. Mas o estado diz que tem uma grande possibilidade”, explicou.

O prefeito acredita que com isso a Santa Casa terá uma sobrevida da UTI, pelo menos a curto prazo, para que possa continuar atendendo. “Mas isso não significa que o problema da San­ta Casa está resolvido, ainda nós precisamos juntar todos os esforços aí para poder ajudar ainda mais a Santa Casa para pelo menos zerar as despesas com a UTI e para ela não ter pelo menos prejuízos”, afirmou.

Revisão
Por outro lado, a secretária da Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, anuncia que está fazendo a reavaliação dos tetos financeiros, cujo estudo já está pronto, para rever o contrato atual que a prefeitura de Olímpia mantém com a Santa Casa.
“Isso que quer dizer que também os municípios que programaram uma quantidade e usam a mais, vão ter, também, que recompor teto financeiro.

Essa revisão já está acontecendo e será finalizada até o dia 10 de agosto. Isso significa um impacto financeiro maior também para a Santa Casa”, relata.

Atendimentos
A Santa Casa de Olímpia é o único hospital da microrregião e atende a pacientes de Altair, Guaraci, Severínia, Cajobi e Em­baú­ba, com população estimada em cerca de 150 mil pessoas. São cerca de cinco mil atendimentos e 500 internações por mês. Só nos sete leitos da UTI ficam internadas cerca de 270 pessoas mensalmente. O hospital é mantido com recursos do SUS, subvenção de R$ 50 mil da Prefeitura e ajuda da população por meio de doações. A Santa Casa tem déficit total de R$ 70 mil por mês. Na foto, da esquerda para a direita, os prefeitos de Severínia e Olímpia, a prevedora da Sta Casa, o prefeito de Altair e a secretária da Saúde.

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