17 de janeiro | 2017

Para vizinho que é investigador aposentado assassinato do casal de idosos teve requintes de crueldade

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Para o vizinho que é investigador de polícia aposentado, Julio César Ducati (foto), que também era vizinho, o assassinato do casal de aposentados, Antonio Irani, 76 anos, e a mulher dele a professora aposentada Terezinha de Jesus de Almeida Leite Irani, 89 anos, na madrugada de sábado, 14, na rua Floriano Peixoto, teve requintes de crueldade.

Segundo Ducati,  que trabalhou 32 anos na policia civil de São Paulo e, inclusive, frequentava a casa do casal e conhecia a rotina deles, teve acesso a casa a cena do crime logo depois de descoberto e acompanhou os corpos até a cidade de Barretos IML – Instituto Médico Legal, nunca viu uma cena tão bárbara como esta. “Não com a crueldade que foi praticada com seu Antonio e a dona Terezinha. Jamais. Muita facada e praticamente ela tentando se defender. Uma senhorinha franzina mesmo e passou por doença e depois conseguiu se recuperar. Muita brutalidade. Talvez a pessoa tivesse até drogada alguma coisa nesse sentido”, contou para o radialista Valter Carucce da rádio Espaço Livre.

Ducati informou na entrevista que o casal se dava bem com todo mundo. Tanto que o velório tava lotado de gente. Todo mundo lamentando esse ocorrido. Não eram pessoas que ostentavam riqueza. Eram tranquilos. Iam ao mercado fazer compras e vinham carregando as sacolinhas”.

E continuou: “Eu infelizmente vi o cadáver da dona Terezinha no IML. Tinha muitas facadas nas costas, no pescoço, na mão. Mostrando que ela tentou se defender com 89 anos, corpo franzino. Seu Antonio também. Ele parece que tava com o braço quebrado. No local tinha o tricô dela, todo cheio de sangue; os tapetes também cheios de sangue.

Sobre quem poderia fazer uma coisa destas, o investigador aposentado declarou que, pelo local, e pelo “modus operandi”, a pessoa ou pessoas que entraram ali eram conhecidas do casal. “Agora, o motivo também foi pra pegar dinheiro, pois seu Antonio jamais abriria a porta, para uma pessoa estranha entrar. Mas, agora cabe a policia civil fazer a investigação, para ver se tem impressão digital, alguma coisa para saber realmente quem são os autores do delito”.

Ducati, que era vizinho do casal há aproximadamente 30 anos, explicou que o seu Antonio não tinha parentes, era filho único. “A irmã da dona Darci faleceu no ano passado e tinha o Rogério e a Estela que são sobrinhos e moram ao lado da casa deles. Assim como tinham parentes em Ribeirão Preto e tinha um parente, se não me engano, que morava numa chácara”, complementou.

O investigador aposentado contou para o radialista da Espaço Livre que a casa era considerada segura. “A casa tinha grade, inclusive tinha até cerca elétrica e ele jamais abriria a porta pra desconhecidos. Acho que pela posição dos corpos no mínimo foram duas pessoas. Não teve arrombamento, inclusive a porta de saída da casa estava fachada, o portão trancado com cadeado. Quando a policia militar chegou, precisaram arrombar o cadeado”.

Para embasar sua tese de que tenha sido latrocínio (roubo seguido de morte) Ducati alega que no quarto, no lado esquerdo, tinha varias gavetas e uma gaveta estava arrombada, possivelmente pelos autores; a carteira dele não tinha nenhum dinheiro, só tinha documentos. Com certeza ele tinha algum valor que foi subtraído”.

E reforça: “Esse quarto fica até afastado um pouco da sala, que tem um guarda roupa só que tem gaveta. Eu contei umas oito gavetas, só tinha essa gaveta aberta, que foi arrombada com chave de fenda.

Concluindo, Ducati, informou que o aposentado, tinha trabalhado no Bazar das Novias e a mulher dele era professora aposentada, eles tinham sitio em Ribeiro do Santos, mas tinham vendido e comprado três casas aqui em Olímpia. Ele tinha um carro Astra, mas ambos tinham um padrão de vida normal. Não ostentavam sinais de riqueza.”

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