10 de janeiro | 2011

Para Hilário pedido de informação é mera indignação de Chico Ruiz

Compartilhe:
 

Embora não tenha afirmado categoricamente, o ex-presidente da Câmara Municipal de Olímpia – o mandato encerrou em 31 de dezembro – Hilário Juliano Ruiz, o pedido de informações sobre a compra de um armário de segurança, não passaria de uma atitude de indignação do também ex-presidente Francisco Roque Ruiz, que, inclusive, o antecedeu na presidência da mesa diretora do Poder Legislativo.

Isso, pelo menos, é o que se pode depreender de uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade no início da tarde da 2.ª feira, dia 3, quando comentou a polêmica aquisição, ainda sem esperar a repercussão regional que o caso teria.


“Sei que alguns estão um pouco indignados por algumas ações que tivemos no passado, mas não posso ser omisso. Eu tive, em alguns momentos, que demonstrar minha firmeza e minha representação, para isso que fui eleito, e tive, em algumas vezes, que fazer representação”, disse.


Como se recorda, Hilário Ruiz é o autor da representação ao Ministério Público (MP) de Olímpia, que gerou uma ação civil pública contra Francisco Roque Ruiz, por causa da aquisição de um painel eletrônico em dezembro de 2008, também em final de período na presidência da Câmara.


“Fomos cobrados quanto a isso e que, infelizmente talvez trouxe alguma ofensa para algumas pessoas, mas nada mais fiz do que cumprir minha obrigação e separar muito a questão pessoal da questão profissional e política. Estamos ali para representar o povo, a gente é cobrado para isso”, acrescentou.


Entretanto, Hilário alega que realizou a compra de maneira diferente do que considera que ocorreu com seu primo em terceiro grau. “Não fiz essa compra precipitadamente, só para acabar com o dinheiro da Câmara municipal como muitos fizeram no passado”, comparou.


De acordo com ele, no final de cada ano de seu mandato devolveu sobras para a Prefeitura. Em 2009, por exemplo, diz que foram devolvidos R$ 305. Já em 2010, devolveu R$ 280 mil. “Então, não foi nenhuma ação para acabar, para zerar o caixa da câmara municipal para prejudicar a administração pública. Eu nunca tive essa preocupação”, assevera.


“Agora, tive essa ação programada, inclusive, para fazer a aquisição, diferente do que já se fez no passado de coisas inúteis, isso é realmente bastante útil. Estou sendo, inclusive questionado quanto a aquisição, o processo licitatório está na câmara municipal aberto para quem quiser”.


Ele construiu uma sala em extensão da secretaria para o arquivo: “Agora, não tenho como construir um arquivo e não comprar um arquivo para adequar a sala. Não vou colocar no chão esses projetos e nem usar prateleiras de aço, da forma que era feito anteriormente, onde tudo ficava exposto, acumulando sujeiras e detritos”.


O arquivo de segurança, segundo explica, é deslizante e não um arquivo simples. “É composto por dois módulos de terminais, um intermediário, 112 prateleiras com travas de segurança eletrônica, e quase 10 metros de trilho deslizante”, contou.


Diz o ex-presidente que o equipamento é comprado por faces e como são 16 delas, cada face custou R$ 4.106,25. O arquivo tem 2,45 metros de altura por 1 metro de largura. Foi comprado da empresa D. Palmeira de Lima Móveis – EPP, de Catanduva, com pagamento à vista no valor de R$ 65,7, no dia 21 de dezembro de 2010, nove dias antes de encerrar seu mandato de presidente.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas