08 de março | 2009

Para comandante da Polícia Militar mulheres têm espaço na sociedade

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 Para a comandante da 2.ª Companhia de Polícia Militar de Olímpia, Marililzi Scompanin Guedes Furtado (foto), que ocupa o posto de capitão feminino, as mulheres já conseguiram obter lugar e espaços na sociedade. Tratando como um "tabu já superado" (sic), deixa claro que a mulher já atingiu status de independência, inclusive, financeira, em relação ao homem.

"Ela (mulher) não tem mais a preocupação de competir com o homem. Isso já é um tabu já superado. A mulher realmente veio para ficar, ela tem seu espaço e não precisa mais provar para ninguém que ela é capaz. Já está comprovado isso", comemora.

Por outro lado, exercendo uma profissão que é considerada extremamente masculina, Furtado afirma que nunca enfrentou problemas de ‘machismo’ dentro da corporação: "sempre fui respeitada pelos meus colegas de trabalho, tanto pelos superiores, como pelos meus subordinados". Ela lembra que comanda a Companhia de Olímpia que é composta por cerca de 99% de homens: "não tenho problemas nem aqui em Olímpia, nem tive em Ribeirão Preto e em São Paulo".

O lado emotivo das mulheres e o fato de conseguirem fazer várias coisas ao mesmo tempo, a faz acreditar que elas tenham competência para trabalhar junto dos homens, mas que não seria em situação de igualdade, mas complementando o trabalho dos companheiros. "Acredito que a força colabora com o sucesso, mas não é tudo", acrescenta.

Mas, independente da força ou não, para enfrentar as situações de dificuldades, quando se trata de casos de violência doméstica ainda vê certa carência do sexo feminino, porque não têm coragem de formular denúncias: "alguns crimes ainda ficam sem solução e a pessoa que agride não é punida, porque a própria mulher às vezes ela fica com dó do esposo ou companheiro e não denuncia".

A vida familiar é um constante desafio a qualquer mulher que trabalhe fora. Os filhos dela, por exemplo, nasceram e foram logo à escola. A filha, hoje com 12 anos de idade, com seis meses já freqüentava a creche. Além da menina, tem um filho com 23 anos de idade.

Porém, diz que nunca teve problemas porque sempre teve pessoas que a auxiliavam, além de dividir o trabalho doméstico com o marido. Embora com uma vida que considera bastante corrida, explica que o importante não é a quantidade de tempo, mas sim a qualidade da convivência: "não temos problemas nenhum em relação a isso e a gente trabalha de forma a estar conciliando o trabalho e a família".

 

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