16 de dezembro | 2012

Pacientes podem estar sendo levados a R. Preto junto com roupas sujas da UPA

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Embora a informação seja negada pelas pessoas responsáveis pelo setor, consta que o transporte de pacientes que necessitam de atendimentos médicos em São José do Rio Preto estaria sendo realizado no mesmo veículo que transporta as roupas sujas utilizadas por funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), para que sejam lavadas em Bady Bassit.
 

De acordo com a informação publicada nesta sexta-feira, dia 14, por órgão de imprensa local, os pacientes, principalmente que passaram por cirurgias de risco, como, por exemplo, um transplante de rim ou coração, temem ser contaminados.
 

Gisele Dutra de Oliveira tem um filho de quatro anos que há dois anos passou por um transplante de coração. Ela viaja com o filho toda segunda-feira e “sempre com a mesma ambulância” (sic): “E sempre que vou, ela (ambulância) leva roupa suja para lavar”.
 

Segundo ela, sempre que questiona recebe a mesma resposta de que se trata de roupa suja. “Fico preocupada”, diz. “E se meu filho pegar uma bactéria”, questiona.
 

Também de acordo com ela, a situação teria sido exposta ao médico que atende seu filho e este teria confirmado a possibilidade. “Então, não é certo eles fazerem isso”, afirma. O filho faz fisioterapia na AACD de Rio

Preto e acompanhamento com o cardiologista e segundo afirma, ainda corre risco de rejeição ao órgão transplantado. “Esse é o meu medo. Ele já pegou uma bactéria e ficou seis dias no hospital”, relata.
 

Rosângela de Paula, que passou por transplante de rim há nove meses, há aproximadamente 60 dias tem de viajar para Rio Preto duas vezes por semana. “Vamos com a ambulância da UPA sempre com mais pessoas. Junto é levada a roupa suja, toda vez”, disse ela. “Outro dia tinha junto comigo mais um doente transplantado de rim e tivemos que viajar com a janela aberta para evitar contaminação”, acrescentou.
 

OUTRO LADO
 

Na UPA, o diretor de Média e Alta Complexidade, Nilton José Bortolom, e o chefe da UPA e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Emerson Daniel de Freitas, negaram a situação. Consta que ambos são funcionários municipais concursados.
 

“A roupa vai para lá três dias (vezes) por semana. A ambulância deixa os pacientes, pega a roupa limpa e traz. Não vai roupa suja junto com os pacientes. Quando vai, ela vai sem roupa”, afirma Bortolon.
 

De acordo com ele, as roupas sujas são transportadas no veículo que realiza a coleta do lixo hospitalar. Afirma também que não há transporte de lixo junto com as roupas que vão para a lavanderia.
 

Bortolon ainda garante que a roupa da UPA “não é tão perigosa quanto a de um hospital”. No entanto, admite que há riscos de contaminação, uma vez que tem sangue, vômito de doentes e outras impurezas.

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