06 de novembro | 2011
Obra de meio milhão de reais está atrasada há 19 meses
Uma obra de meio milhão de reais está completando 19 meses de atraso em relação ao que estava previsto. Neste caso, trata-se de uma creche que está sendo construída no Jardim Tropical II. No total, as atrasadas totalizam mais de R$ 1,8 milhão no município de Olímpia, isso somente quando se fala em recursos oriundos do Governo Federal, que vieram dos Ministérios da Educação, Saúde e Turismo.
Entre elas aparece a da construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cujo atraso já chega a um ano. A menos atrasada é a construção de uma unidade de saúde no Jardim Tropical II, zona oeste da cidade, cujo atraso ainda é de apenas dois meses.
De acordo com uma reportagem do jornal Diário da Região, em maio de 2010, a Prefeitura Municipal iniciou a construção de uma creche com 60 vagas no Jardim Tropical II. O recurso, R$ 530 mil, foi repassado pelo Governo Federal.
No entanto, o dinheiro não foi suficiente e a obra chegou a ficar durante quatro meses, praticamente parada. Nesse período a Prefeitura negociou com a União um aumento no repasse para R$ 800 mil.
A construção foi retomada no início deste ano com recursos municipais, mas o atraso já chega a 19 meses. Nesse caso, segundo o jornal, o secretário municipal de Obras e Meio Ambiente, Gilberto Tonelli Cunha, promete entregar a unidade do Jardim Tropical em abril de 2012.
Mas em Olímpia há demora até para reformar o banheiro da Praça Rui Barbosa, região central da cidade. A obra, avaliada em R$ 147 mil, está atrasada há um ano.
O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, explicou ao jornal riopretense, que houve demora na liberação de recursos do Ministério do Turismo e por falta de pagamento, a construtora ficou quatro meses longe do canteiro de obras. “Assumimos a obra e vamos investir R$ 40 mil para terminá-la até dezembro”, afirma.
Mas enquanto a questão burocrática não se resolve, a população sofre. A doméstica Marina Rodrigues (foto), de 42 anos, já passou sufoco. “Quando a necessidade é forte, somos obrigados a usar o banheiro das lojas. Mas nem todo comerciante permite”, disse, se queixando da demora da Prefeitura em terminar os sanitários. “Não acaba nunca”, enfatizou.
SAÚDE EM DESUSO
A saúde pública tem duas obras paradas ou pelo menos com os prazos de conclusão estourados. Uma delas é a da UPA, na esquina da Rua Washington Luis com a Avenida Deputado Waldemar Lopes Ferraz, onde funcionava o pátio municipal de serviços, centro da cidade, que deveria estar em funcionamento há um ano, tempo de atraso da obra.
A unidade, avaliada em R$ 1 milhão, será o hospital público municipal. Terá oito leitos e vai oferecer, entre outros serviços, atendimentos de emergência. Geninho afirma que a obra parou porque a construtora vencedora da primeira licitação quebrou e abandonou o serviço. Outro processo licitatório foi realizado há quatro meses. “Ficamos com o dinheiro guardado o tempo inteiro”, explicou.
Mas Olímpia também sofre com o atraso em outra unidade de saúde, no Jardim Tropical II. A construção da Estratégia de Saúde da Família está atrasada há dois meses, em razão da falta de repasse de recursos. O posto, que vai atender a 400 famílias, deve ser concluído no próximo mês.
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