15 de abril | 2024

Longas esperas e abandono total: um dia de caos na UPA de Olímpia

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CRISE NA SAÚDE?
População vive situação de terror com superlotação e condições precárias durante toda a terça-feira. Politicagem e incompetência na direção da Saúde podem gerar consequências desastrosas. Vida e dignidade da população em jogo.


Na terça-feira, 9, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia foi palco de uma série de complicações que resultaram em longas esperas por atendimento médico. O incidente impactou principalmente a população menos favorecida da cidade, que representa mais de 80% dos moradores locais. Desde as primeiras horas da manhã até o final do dia, a UPA enfrentou superlotação, com pacientes e familiares aguardando atendimento em condições inadequadas.

As dificuldades se agravaram devido à falha nos sistemas de ar-condicionado, o que intensificou o desconforto entre os presentes, especialmente entre as crianças, muitas delas com febre alta. Observadores e usuários da unidade relataram que a situação parecia mais um cenário de guerra do que um ambiente de cuidado médico adequado.

“INSATISFEITOS QUE CHAMEM A POLÍCIA”

Um dos pontos críticos do dia ocorreu quando pacientes, após horas de espera, foram informados por atendentes que, caso estivessem insatisfeitos com o serviço, poderiam “chamar a polícia”. Essa resposta, longe de resolver ou mitigar o problema, reflete uma grave falta de preparo e sensibilidade por parte dos profissionais responsáveis pelo atendimento na UPA.

O caos na UPA de Olímpia não foi um evento isolado, mas sim um sintoma de problemas mais profundos no sistema de saúde pública da região. A falta de planejamento e gestão, frequentemente criticada por ser mais focada em interesses políticos do que em eficiência administrativa, foi apontada como a principal causa desse cenário caótico.

DOIS PEDIATRAS FALTARAM NOS POSTINHOS

Em resposta às dificuldades enfrentadas pela população na UPA, José Arantes e Bruna, durante o podcast “Pod Pai e Filha”, discutiram a situação crítica da unidade. Eles mencionaram que a ausência de dois pediatras da rede municipal foi um dos fatores que exacerbaram o problema, levando muitas mães a procurarem a UPA, o que resultou em uma superlotação ainda maior.

As declarações feitas durante o podcast refletem a insatisfação geral com o modo como a saúde está sendo administrada na cidade. Os relatos incluíram depoimentos de mães que enfrentaram o caos na UPA, e a indignação da população com respostas inapropriadas por parte dos funcionários da saúde, como a sugestão de chamar a polícia em resposta às reclamações.

A situação na UPA de Olímpia e as discussões subsequentes no podcast “Pod Pai e Filha” evidenciam um momento crítico para a saúde pública na cidade.

SITUAÇÃO FOI MOSTRADA NO SBT!
O jornalista e apresentador Sandro Pires também mostrou a situação externada por vários usuários que gravaram vídeos do local, em seu programa Primeiro Jornal no SBT, do dia seguinte, quarta-feira, 10.

Sandro fez duras críticas à situação alarmante na UPA de Olímpia e, além de pontuar o atendimento precário e indigno para os que procuram o local, destacou também os problemas estruturais e de conservação do prédio, onde além de ares-condicionados quebrados e ventiladores ineficientes, o bolor mostrado nas paredes e no teto do local, provavelmente provocado por infiltrações, que também podem piorar a situação dos usuários.

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