19 de maio | 2019

Jovem morre com suspeita de dengue e família fala em barbeiragem da UPA

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A estudante Larissa Alves Matheus (foto), faleceu na madrugada da segunda-feira, dia 13, aos 21 anos de cidade, com suspeita de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes-aegypti adulto e contaminado, e a família dela está falando que teria havido uma grande barbeiragem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De acordo com a tia dela, a auxiliar de enfermagem aposentada, Maria Aide Narciso, um exemplo disso é que, em nenhuma das vezes que a sobrinha buscou uma consulta médica, foi feito algum exame de ultrassono­grafia. “Deveria ter feito”, enfatiza.
Portadora de anemia falciforme, uma doença hereditária, a estudante Larissa Alves Matheus, que tinha 21 anos de idade, estava passando mal com dor abdominal desde a quarta-feira da semana passada, dia 8.

Depois de uma verdadeira história de bate e volta, mas sem conseguir a solução de seu problema, a última ida dela a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi na tarde de domingo, dia 12, quando já praticamente sem vida, foi encaminhada à Santa Casa local.

“Acho que teve muita negligência. Quando era o Pronto Socorro na Santa Casa não tinha nada disso. Hoje está acontecendo morte todos os dias. Hoje foi minha sobrinha. Já duas vezes minha nora perde neném. Hoje foi ela (Larissa), amanhã pode ser o filho de outra pessoa”, comentou.

Com bastante experiência em questões de saúde, Maria Aide entende que é necessário mudar muita coisa no sistema. “Acho que precisa ter mudança na saúde. Está tendo muita falta de amor pela vida. Se tivesse mais amor pela vida eu acho que não teria acontecido tudo isso”, acrescentou.

De acordo com Maria Aide, essa falta de amor pela vida é o que causa o pior sentimento nas pessoas envolvidas. “Muito triste. Muito triste o descaso da humanidade, do povo de Olímpia. A saúde de Olímpia está pedindo socorro”, lamentou.

Já Maria Aparecida Ferreira de Souza, que é avó de Larissa Alves Matheus, relata que quando chegou a UPA para visitar a neta, ela já não falava mais e apenas virava os olhos. Ela reclama que nesse momento a família ainda não havia recebido o resultado de eventuais exames.

“Na hora que eu recebi a notícia eu quase morri porque era uma menina muito querida, muito boa. Ela não merecia ficar desse jeito, jogada igual lá. Tinha que ter outro recurso para ela. Ter sido levada logo para o hospital”, afirmou chorando copiosamente.

 

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