Do Conselho Editorial

Esta semana o empresário e responsável pela presidência do Thermas dos Laranjais, Benito Benatti, comemorou mais um ano de vida.

Fosse coluna social o texto seguiria lembrando que junto aos amigos e familiares que o cercaram de carinho.

A foto, que ilustraria com as diversas variantes que pode haver para fotos de colunas sociais, poderia ser uma em que estaria rodeado da esposa, filho (a) genro, nora, netos (as) rodeado de amigos e soprando a tradicional velinha com o número de anos comemorados fincado em cima de um belo bolo.

Porém, Benito alçou voos para muito além da tranquilidade do lar e dos festejos reservados aos íntimos e próximos.

Ao construir sua história que se inicia em família simples, sem grandes recursos financeiros, motivado pelo desejo de vencer e uma característica visionária e profética que o conduziria a condição de empresário e criador da ideia da construção do que viria ser um dos maiores parques aquáticos do país.

Começou se associando a Nelson, outro olimpiense batalhador. Com ele e montou uma autoelétrica que se chamava Heliar. Crê-se que em razão da bateria que levava este nome.

Na bem sucedida parceria que cuidava com sistema elétricos de automóveis e caminhões, talvez, que não há relatos desta parte da história por ai, a não ser lendas urbanas, tenha surgido a grande ideia de montar uma indústria que forneceria cabos de bateria à grande indústria automobilística e como peça de reposição aos autoelétricos. 

Visualizou nos idos dos anos sessenta esta necessidade, este filão de mercado. Benito associou-se à família Breda/Brito e, juntos, fundaram a Eletro Metalúrgica Ciafundi em um barracão próximo de onde seria a casa sede da fazenda da família Brito.

Foi, e continua sendo, sem sombra de dúvidas, uma das grandes empresas de Olímpia e uma sacada de mestre que demonstrava o tão merecido reconhecimento de alguém astucioso e profético para visualizar oportunidades no mundo dos negócios.

A Ciafundi por anos a fio foi promotora de vagas de emprego e oportunidades para muitos olimpienses e continua sendo.

Benito, com sua alma aventureira e destemor, ousado e avesso à acomodação, foi além, conseguiu convencer inúmeros olimpienses a se associarem a uma ideia que inicialmente poderia ser considerada uma utopia e nasceu do aproveitamento das águas quentes de um poço até então lacrado, e que veio a ser o quarto parque aquático mais visitado do mundo.

Para chegar a tanto, por anos, vagarosamente, foi transformando o que era mata, o que era ilusão e sonho em uma realidade palpável e que não só transformou sua vida, mas transformou a vida da cidade que escolheu como sua.  

Hoje, o clube deu ao município muito mais que um simples clube, deu um referencial econômico, respeito nacional, renome, gerou renda, emprego e se sobrepõe a tudo que ao longo dos anos foi tentado para alavancar a economia local.

O Thermas, pensado por Benito, ofereceu a Olímpia o que muitos pensadores econômicos do mais alto gabarito empresarial gostariam de ter pensado para ser instalado em uma cidade de grande porte para auferir lucros e benesses pessoais.

Benito preferiu sua pequena cidade menina-moça, e nunca deixou a simplicidade que o acompanha desde sempre, nunca abandonou seus hábitos, costumes, dia a dia de gente comum com os amigos de sempre.

Sonhou e realizou o sonho que permite que muitas pessoas mantenham acesa a esperança de um futuro melhor.

Perdeu, no entanto, o direito de estar só com os seus, com os mais próximos, a comemorar mais um dos muitos anos que virá a comemorar com sua cidade e seus empreendimentos; virou lenda, virou mito, deixou de ser de si só para ser um pouco de todos que reconhecem sua fibra, destemor, garra e trabalho.

Benito, mesmo que não queiram alguns poucos e reconheça a maioria, é uma lenda viva que merece pelo que fez e faz ser brindada sempre.