22 de abril | 2012

Jornalista da prefeitura denúncia no facebook que bebê teve o pulmão perfurado em cirurgia

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O assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Olímpia, jornalista Tadeu Fonseca, morador de Severínia, denunciou esta semana, através de sua página no facebook, que o médico João Wilton Minari teria perfurado o pulmão de seu bebê, durante a cesariana que realizava em sua esposa, na segunda-feira desta semana, dia 16, na Santa Casa de Olímpia.

Na postagem que realizou reclamando do médico, além de demonstrar a situação de desespero em que se encontrava, também reclamou do mau funcionamento de um aparelho de raio x móvel da Santa Casa, que não estaria funcionando pelo menos adequadamente. Reclamou também de ter pago o valor de R$ 1.750,00 pelo procedimento.

O jornalista conta também que encontrou dificuldades para encontrar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para transferir o filho recém-nascido e que contou com a ajuda de um amigo para encontrar uma vaga em hospital de Catanduva, onde o bebê continua internado.

Veja a manifestação do jornalista: “Absurdo: meu filho teve o pulmão perfurado durante a cesária na segunda-feira, na Santa Casa de Olímpia. O médico foi o Dr. Minari. O pior que ele ficou agonizando o dia inteiro e o Dr. Atsushi (Pediatra???) dizia que estava tudo bem, mas não fez exames de raio X, segundo ele por não ter aparelho móvel. Na terça-feira fiquei o dia inteiro tentando uma vaga em uma UTI Neonatal mesmo sem a vontade dele, e graças a Deus e a um grande amigo consegui leva-lo para Catanduva, onde recebi a notícia do tamanho da gravidade. Isso é uma vergonha, e saber que a Santa Casa é o único hospital de emergência que pelo menos cinco cidades da região têm. E só para registrar paguei R$ 1.750,00 pelo procedimento”.

FILHO SE RECUPERA BEM
No entanto, segundo apurado na página do jornalista, que assina Tadeu Jornalista, na noite desta sexta-feira, o filho Noah estaria reagindo bem ao tratamento e deverá permanecer na UTI por aproximadamente 10 dias.

Porém, na postagem onde informa as condições de saúde do filho, ele acrescentou: “Quanto a Santa Casa, quero deixar bem claro que passou da hora dos prefeitos das cinco cidades que dependem dela se unirem em prol de uma revolução, se cada município contribuísse e buscasse apoio junto ao governo a situação seria muito diferente. É fácil deixar tudo nas costas dos olimpienses, mas e depois na hora de emergência?? Essa é uma causa muito séria e precisa ser encarada pela região.

OUTRO LADO
A esse respeito o diretor clínico da Santa Casa, Nilton Roberto Martinez afirmou que o hospital não tem nada a ver com a situação gerada e que ao contrário do que foi alegado possui sim, o aparelho de raio x portátil.
Esse equipamento, segundo Martinez, é sempre usado em vários lugares dentro do hospital, como em pacientes da UTI, no centro cirúrgico e nos pacientes internados que não podem se locomover.

OUTRO LADO II
O pediatra Atsushi Kuroishi também foi procurado pela reportagem, que confirmou a existência do aparelho, mas que não tem condições de uso para casos como o do filho do jornalista Tadeu Fonseca.
De acordo com ele, o recém-nascido estava na incubadora apresentando um quadro de dificuldade respiratória e o aparelho, por ser antigo, não tem mais eficiência para casos como o dele, mas apenas para casos ósseos, ou seja, “não tem boa resolução para casos como o de pulmão”.

Mas o médico afirmou que entendeu que esse tipo de exame não seria necessário e optou por não transportar o bebe da incubadora para o exame no equipamento fixo.

OUTRO LADO III
O médico João Wilton Minari, que está sendo acusado de erro médico durante um procedimento de cesariana na segunda-feira desta semana, quando teria perfurado o pulmão do filho do jornalista Tadeu Fonseca ao que tudo indica não quis se manifestar sobre o assunto.

De acordo com sua secretária de nome Renata, Minari se encontrava em meio a uma consulta e não poderia atender no instante da ligação telefônica.

Por isso foi deixado um recado com Renata, inclusive explicando de que assunto se tratava, com a solicitação para um retorno assim que tivesse condições de falar. Porém, o médico não se manifestou até o fechamento da edição.
 

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