28 de abril | 2013

Grampo mostra que Tonnani fez “acerto” com Prefeitura de Palestina

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As gravações feitas com autorização judicial pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), chamadas popularmente de “grampos telefônicos”, mostram que o olim­pien­se Humberto Tonnani Neto, vulgo Betão, de 45 anos de idade, atualmente residindo em Votu­poranga, teria sido o responsável pe­lo “acerto” com pessoas ligadas ao primeiro escalão da Prefeitura Municipal de Palestina.

De acordo com o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, os diálogos mostram que o “a­certo” foi fechado entre Betão (Hum­berto Tonani Neto) e o advogado Silvio Roberto Seixas Re­go, assessor do prefeito Fer­nando Luiz Semedo.

Segundo a informação, foi tam­­bém o advogado quem teria recebido o pagamento da propina diretamente das mãos de Jair Émerson da Silva, vulgo Miudinho ou Jairzão, de 55 anos, morador da Rua Dr. Irineu Gotardi, Jardim Vitório Paro­lin, em Olímpia, no dia 5 de março, segundo diligências coordenadas pelos promotores do GAECO.

Consta que entre as gravações captadas pelas investigações do Ministério Público Estadual (MP­E), entre janeiro a março deste ano, os promotores destacaram o pagamento de R$ 30 mil e R$ 20 mil de propina aos prefeitos de Palestina e Neves Paulista em troca da aprovação de projeto de desdobro de loteamento do Grupo Sca­matti. Em ambos os casos a propina foi entregue a assessores diretos dos prefeitos.

Situação idêntica teria acontecido com a Prefeitura de Neves Paulista.

O Grupo Scamatti aguardava a assinatura do prefeito em um pedido de aprovação de um lotea­mento no município para construção de casas populares que seriam financiadas pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Após vários contatos telefônicos, troca de mensagens e encontros pessoais entre o lobista Gilberto da Silva, o Formiga, Betão, o pre­feito de Neves Paulista Octávio Martins Garcia Filho, Tavinho, e o advogado Bruno Brandimarte del Rio, assessor do prefeito, o pagamento dos R$ 20 mil de propina foi entregue por Jair no escritório de Bruno no mesmo dia do pagamento ilícito em Mirassol, apontou o Gaeco.

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