10 de dezembro | 2018

Uma Olímpia “distópica” à espera de dias melhores

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"Se os vírus aumentam pelo desrespeito e devastação da natureza. Se estes não têm como ser eliminados quando dentro do corpo a não ser pelo próprio sistema imunológico existente dentro dele. Se este sistema necessita de alimento, estabilidade emocional e higiene para ser forte e combater as forças estranhas que aos montes invadem diariamente o ser humano. Não estaria ai estampado um cenário distópico (deterioração ou destruição da natureza tornando a vida insuportável para os humanos) em que os pobres, carentes de saúde e educação, estejam fadados do extermínio? Eis a questão!", Mestre Baba Zen Aranes.

 

SE A DISTOPIA …

… virá no futuro, se já estaria caminhando a passos largos é uma questão de interpretação e de reflexão crítica. Mas, com certeza, esta semana vivemos cenas de um filme apocalíptico e que, sem dúvidas, leva a conclusões não muito alentadoras para a maioria da população.

CLARO, …

… uma visão mais aprofundada da situação, com dose total de incredulidade, levaria a conceito de que a distopia já está presente no caos social que vivemos. Mas não estaríamos nos atentando para o seu vertiginoso crescimento.

QUANDO QUASE …

… 30% da população é obrigada a viver com apenas R$ 3,00 por dia o sinal de alerta está acionado. Com certeza, já estamos vivendo situações parecidas com as apresentadas nos filmes de ficção que mostram um planeta devastado e que não consegue se recuperar dos ataques incessantes dos vermes humanos que teimam em destruí-lo através de sua fome consumista.

SE VOCÊ …

… não consegue entender como, é simples equa­cionar: não existe nada que você consome ou que vive para consumir que não seja extraído do planeta. Toda matéria-prima é sugada da mãe natureza, do esmalte que é passando para embelezar a unha, até qualquer tipo de comida e mesmo os produtos químicos utilizados e tido como produzidos em laboratório, têm como base elementos sugados do planeta.

ACONTECE …

… que até 20 anos atrás (segundo alguns cientistas), o planeta conseguia se recuperar. Ou seja, tudo o que era retirado dele em um ano, era recomposto no mesmo espaço de tempo posterior.

OCORRE …

… que, atualmente, o déficit já estaria em um planeta por ano. A natureza estaria levando dois anos para recompor o que foi consumido em um ano. Ou seja, vai chegar um tempo, não muito distante, em que, ao não conseguir se recompor, provocará um efeito de uma hecatombe nuclear, pior do que o caos atual. E o ritmo em que isso estaria ocorrendo estaria cada vez mais acelerado.

OS SINAIS …

… estariam ficando escancarados através de anomalias cada vez mais constantes oriundas da reação da própria natureza, mas que não estariam sendo levadas em consideração por uma população robotizada e sem conhecimento, que tem o consumo como sua grande fonte de prazer e de motivação de vida.

O SURGIMENTO …

… de doenças oriundas da destruição da natureza seria um destes sinais que não aparecem no céu como prenúncio do arrebatamento (sentido cristão de fim dos tempos), mas na terra mesmo, através de um número cada vez mais incontrolável de vírus que não têm como ser dizimados ou mortos.

ESTES …

… micro-organismos destruidores entram diariamente, aos milhares, dentro do nosso corpo e são combatidos por um exército chamado sistema imunológico, que cria batalhões especializados no combate de cada um dos intrusos seres estranhos.

ACONTECE …

… que para ser eficiente e conseguir vencer as batalhas, ele precisa estar sempre forte, lúcido e bem treinado. Mas também tem que ter a consciência de que jamais vai vencer a guerra, pois o corpo em que habita um dia vai fenecer, vai se decompor e deixar de ser autônomo, voltando a fazer parte integrante da base de toda a natureza, a terra.

ORA, SENHORES, …

… numa sociedade de 207 milhões de habitantes, onde quase 60 milhões vivem abaixo da linha da pobreza, na verdadeira miséria, com os R$ 3 por dia (em Olímpia são quase seis mil famílias nesta situação), como acreditar que os fatos ocorridos nos últimos meses e que gerou todo um alvoroço principalmente nas redes sociais com o surgimento de casos de meningite, não seja mais um sinal de que estamos caminhando aceleradamente ao chamado “Fim dos Tempos”?

SE OS TIPOS …

… de vírus aumentam à cada dia e os que existem também são mutantes, ou seja, se transformam para poder enganar os solda­dinhos do sistema imuno­lógico e se este precisa de alimento, estabilidade emocional, higiene e educação de qualidade para poder vencer as batalhas, não há como deixar de acreditar que a tendência é o chamado arrebatamento religioso e que este começará com a dizimação das classes menos favorecidas.

E A AGRAVAR …

… ainda mais a situação está a ascensão ao poder de governos em que os interesses da elite financeira e da classe média alta, uma minoria que não chega a 20%, são sobrepostos aos da grande maioria, incluindo aí a devastação da própria natureza.

NO CASO …

… local, ficou patente que o sistema de saúde de modo geral (nacional, estadual e local) não consegue conter o avanço das doenças, seja por sua própria depreciação e aí incluí-se a formação ruim dos profissionais da área de saúde, seja pelo item importante para saúde coletiva que é a melhor distribuição da renda através da chamada igualdade de oportunidades, já discutida a exaustão neste mesmo espaço.

NÃO ADIANTA …

… a gente querer tapar o sol com uma peneira. O sistema de saúde está verdadeiramente um caos e, em Olímpia não está tão diferente, em que pesem os esforços e a intenção propagada pelo atual gestor, seja pela falta de formação de qualidade de seus profissionais, com diagnósticos errados, demora no encaminhamento, falta de exames, etc, mas, principalmente, no quesito tratamento humanitário.

OLÍMPIA, …

… ainda vive situação melhor do que outras cidades agrícolas que estão sofrendo na pele a mecanização e informatização no campo, em razão do turismo, mas este fator econômico, sem o respaldo de um sistema de saúde eficiente, leva ao estado de caos que tem sido verificado, agora provocando mortes por incompetência, seja em diagnósticos, seja na estrutura de atendimento, seja por causas em que a responsabilidade seja da União ou dos Estados ou da própria população via destruição da natureza.

MARCANTE …

… para determinar que é possível fazer muito melhor, está a frase de uma das mães que perderam seus rebentos em razão desta situação, ao se referir ao atendimento que recebeu na UPA local: “Em Olímpia é o hospital da dor (se referindo à UPA, mas não é diferente na própria Santa Casa) e em Barretos é o hospital do Amor”.

José Salamargo – quem viver e sobreviver ao arrebatamento bíblico que parece estar se concretizando, verá.

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