O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho(foto), aponta que uma medida é a tomada de ações por parte do Ministério Público (MP), com a finalidade de cobrar as responsabilidades dos pais nas ações dos filhos, principalmente, em atitudes praticadas dentro das escolas, sejam contra professores, sejam contra os próprios colegas. A manifestação foi feita na noite da quarta-feira, dia 6, durante a apresentação da cartilha explicativa sobre as ações do Conselho Tutelar, na câmara municipal de Olímpia.

Na oportunidade ele citou uma reportagem de um jornal de São José do Rio Preto, publicada no ano de 2008, onde um promotor público de Mirassol começou a atuar junto a todas as diretorias de todas as escolas: "Achei fantástico e fiz até um voto de aplauso, enquanto vereador".

"Chega um momento que o menino vai para a diretoria duas, três vezes, mas ele agride, ele joga o apagador na professora, dá cadernada, xinga com palavrões, até que chega o momento que, fica órfã, a professora chora ou liga para o marido porque não tem mais o que fazer. Aí você liga para o pai e ele fala estou trabalhando, isto é problema de vocês, até o horário da escola vocês que cuidam", acrescentou.

De acordo com Geninho, esse promotor começou a afirmar: "Não o problema não é seu não, não é da escola, o problema é teu … pai. Começou a chamar os pais na promotoria e fez assinarem e falou: você vai assinar um termo de compromisso porque o filho é seu. O estado tem o seu papel, a sociedade tem o seu papel, mas o filho é seu e você tem que cuidar, ou de quem a guarda for e resolveu drasticamente os problemas. E é essa parceria que nós temos que encontrar".

Porém, afirmou que não estavam lá para apontar de quem seria a culpa: "A culpa é nossa. Estamos aqui, no meu ponto de vista, para dar o pontapé inicial, para dias melhores para os nossos jovens. Que esse dia sirva de exemplo para que a gente possa amplamente, discutir a cada dia mais essas questões e contar com todos os poderes constituídos, cada um fazendo a sua parte. Todo mundo chutando a bola para o mesmo lado. Esses adolescentes de hoje são os trabalhadores, os cidadãos do nosso município".

PÁGINA DE OURO

No entanto, inicialmente Geninho elogiou o lançamento da cartilha, uma iniciativa do poder judiciário em parceria com o conselho municipal: "Uma data importante. E vai depender muito da nossa persistência, para que essa data importante vire uma página de ouro, talvez, na história do município de Olímpia".

Por isso, não deixou de citar que já presenciou vários movimentos e campanhas de iniciativa de diversos segmentos que acabaram abortados, ficaram no relento e foram esquecidas. Dentre ela citou a "Amo Olímpia" e a "Olímpia tem cura". "Ficaram para traz porque a persistência, o comprometimento e, acima de tudo, o inconformismo é a alma do negócio", reforçou.

"Se você não se sentir inconformado com a situação o dia todo, se você não se sentir culpado o dia todo por não poder fazer alguma coisa a mais e ficar acomodado e se não tiver dentro de você um pouco de espírito de perseverança e de persistência, tudo que vamos discutir aqui hoje fica inócuo. Eu conheço muitas pessoas que com o primeiro obstáculo desiste", acrescentou.

CASA ABRIGO

Por outro lado, Geninho apontou à juíza Andréia Galhardo Palma. Relembrando que assumiu a prefeitura num momento em que a Casa Abrigo estava destruída e foi cobrado por ela: "Geninho, você vai dar continuidade à Casa Abrigo ou teremos que fechá-la nesse exato momento".

Sobre a falta de vagas nas escolas, Geninho disse que herdou essa condição, mas que é obrigação do estado e do município colocar as crianças nas creches. "Por isso estamos num grande trabalho e até o final do ano vamos zerar a falta de vagas nas creches e escolas de Olímpia", completou.