14 de fevereiro | 2011

Geninho anuncia que em 30 dias médicos terão que “picar cartão”

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O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, anunciou no final da tarde desta sexta-feira, dia 11, que em aproximadamente 30 dias os médicos que prestam serviço à Secretaria Municipal de Saúde terão que “picar cartão” (sic). Quer dizer, assim como os demais funcionários das Unidades Básicas de Saúde (UBS), terão que marcar ponto em relógios digitais.


De acordo com ele, através do pregão presencial número cinco de 2011, serão adquiridos 70 relógios de ponto digitais que serão instalados em todos os setores da administração, inclusive nas Unidades Básicas.


Além de ser um sistema computadorizado, quer dizer, marcar a presença do funcionário em tempo real, a pessoa terá que colocar o dedo polegar para registrar os horários de chegada e saída do trabalho.


“Automaticamente, não posso chegar em uma UBS e falar que a enfermeira e o atendente vão picar o cartão e o médico não. É para todo mundo. Ai que vou descobrir aquilo que o promotor quer saber. Se ele está achando que as pessoas não cumprem a jornada de trabalho, dentro de 30 dias, quando implantar, verei  se cumprem ou não”, disse.


Por outro lado, mas ainda em relação à jornada de trabalho, Geninho informou que não houve nenhum pedido de demissão de médicos, por causa de passar, possivelmente, a exigir o cumprimento de horário. “Não houve nenhum pedido de demissão”, enfatizou.


Tanto o prefeito, quanto a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, foram procurados pela reportagem durante todo o dia, com o objetivo de obter alguma informação a respeito da questão.


Ocorre que durante a semana, em uma emissora de rádio, uma paciente do Centro de Referência do Idoso (CRI), reclamou que não contaria mais com o atendimento do médico Márcio Henrique Eiti Iquegami, porque este seria demissionário do sistema.


O próprio médico negou a situação à reportagem, explicando que sua saída foi decidida ainda em 2010, mas por questões pessoas, ou seja, estava havendo incompatibilidade profissional com os horários de sua clinica particular e com o atendimento que prestava no CRI, onde prestou atendimento até 31 de janeiro próximo passado.


Uma possível demissão em massa de médicos começou a ganhar corpo a partir de uma previsão do próprio prefeito a esta Folha no final de dezembro, quando expos o problema, que estaria vinculado às exigências que estão sendo apresentadas pelo Conselho Municipal de Saúde, para que os médicos contratados pelo município cumpram rigorosamente a carga horária estipulada em 40 horas semanais.

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