13 de outubro | 2019

Falta de vagas para internação e falha da UPA expõem a continuação do caos

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Dois casos de falta de vaga para internação, mas um com falha de comunicação da UPA que quase leva paciente a morte, voltaram a expor que, embora se tenha notado me­lhorias principalmente no atendimento da UPA, o caos na Saúde local ainda persiste.

Os dois casos foram registrados praticamente no mesmo dia, quarta-feira, 09. Um envolvendo a comerciante Alessandra Bueno (foto à esquerda) e o outro o de uma idosa cujas filhas precisaram fazer um barraco na UPA para conseguirem inter­nação em Barretos. Mas, o que é pior, mesmo após conseguir a inter­na­ção o problema não foi resolvido por falha de comunicação da Unidade de Saúde local.

Iolanda Valentim de Rezende (foto na maca), de 74 anos, começou sua peregrinação na sexta-feira, 04, quando foi pela primeira vez até a UPA. Voltou na terça-feira, 8 e ficou na Unidade de Pronto Atendimento até na quarta-feira aguardando transferência para Barretos, pois a conclusão era a de que a paciente havia tido um infarto e teria que fazer um cateterismo.

Apenas na quarta-feira, depois do almoço foi que conseguiu vaga na cidade vizinha e foi transferida após as filhas ameaçarem chamar a TVTem. Mas, chegando lá, como não havia nenhuma comunicação da UPA, nem tinham levado o prontuário, fizeram uma série de exames por três vezes e constataram que estava com pressão alta e liberaram a paciente.

A mulher junto com as três filhas ficou no corredor do hospital em uma maca aguardando a não realização do procedimento. Voltaram para Olímpia com a mãe infartada no carro de uma das filhas, pois nem a ambulância foi utilizada para trazer a paciente de volta.

Em Olímpia, as filhas levaram a idosa a um médico particular que fez o encaminhamento para o mes­mo hospital em Bar­retos onde o procedimento foi feito e pago pela família.

A filha Roselene Cirilo Rezende Donadi desabafou: “Essa upa é uma vergonha pros moradores de Olímpia. Quando o atendimento era na Santa Casa e o hospital era do povo não acontecia esses absurdos. Agora é só descaso com a população. A Santa Casa é só dos convênios. Ao invés de trazer essa porcaria de upa deveria ter trazido um Ame pra Olímpia, aquilo sim que é lugar de tratamento. Diferente da upa onde somos humilhados, enganados e os aparelhos não prestam, nunca encontram o que o paciente tem. Por essa causa que muitos perdem as suas vidas”.

OUTRO CASO

O outro caso aconteceu com a comerciante e internauta Alessandra Bueno que chegou na UPA na tarde de terça-feira, 8, e só conseguiu vaga para internação na Santa Casa, quase no final da noite após fazer live e botar a boca no trombone.

Sua Avó, dona Nica, de 88 anos, estava com problemas cardíacos. Em seu “post” disse que não tinha reclamações contra a UPA, mas apenas quanto à internação no hospital que teve inauguração com mar­ketagem recentemente.

Mas na postagem que fez em seu perfil no “Facebook” foram vários os comentários de pessoas que experimentaram o mesmo problema recentemente.

 

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