O agricultor Luís de Godoy, de 64 anos, que reside em Fernando Prestes, onde inclusive foi vereador e até candidato a prefeito, foi condenado à pena de 17 anos de reclusão, em regime inicial fechado e sem o direito de recorrer em liberdade, por um crime que praticou há quase 14 anos. O julgamento que começou às nove horas e foi concluído por volta das 18h15, foi realizado no fórum de Olímpia na quarta-feira, dia 18.

Godoy foi condenado a 14 anos pelo crime de homicídio qualificado que praticou contra sua amásia Valéria Cristina Mota, no Bar do Tonicão, em Guaraci, com um tiro de espingarda calibre 12, no dia 27 de setembro de 1.997, e a mais três anos por tentativa de homicídio contra o pai dela, Reinaldo Mota. O projétil atravessou o pescoço de Valéria e ainda atingiu seu pai.

Após o encerramento do julgamento, Godoy deixou o fórum algemado e passou a noite em uma cela da Delegacia de Polícia de Olímpia. Consta que na manhã da quinta-feira, foi transferido e encarcerado na cadeia pública de Barretos.

Porém, segundo as informações divulgadas pela imprensa, o advogado de defesa Galib Jorge Tannuri informou que entraria com pedido de habeas corpus para que ele possa recorrer em liberdade. A preocupação da família é que Godoy sofre de problemas cardíacos e Mal de Chagas.

O Júri foi presidido pelo juiz da 3ª Vara Hélio Benedine Ravagnani. Na acusação atuou o promotor Joaquim Portela Dias do Nascimento Neto e na defesa do réu, o advogado Galib Jorge Tannuri.

Essa foi a terceira vez que Godoy sentou no banco de réus, mas desta feita, foi definitivamente julgado. Na segunda vez, em 14 de julho de 2010, houve uma discussão ríspida entre o promotor José Marcio Rosseto Leite e o advogado Galib Jorge Tannuri, fato que levou o juiz da 3ª vara, Hélio Benedine Ravagnani, a dissolver a sessão do júri.

Luiz de Godoy é sogro do atual prefeito de Fernando Prestes, Bento Luchetti Júnior (PSDB) e pai de Daniela Godoy Luchetti, vereadora e ex-presidente da Câmara daquela cidade.

Pela denúncia formulada no dia 26 de fevereiro de 1998, ele foi julgado a primeira vez em 14 de março de 2007, quando foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão, regime inicial fechado, por homicídio privilegiado, contra Valéria, mas absolvido da tentativa de homicídio contra o pai.