A POLÊMICA DA ZONA AZUL! 
“É preciso haver mais tolerância e não sair multando sem advertir o usuário da Zona Azul. A comunicação precisa ser melhorada. Enfrentei dificuldades para esclarecer dúvidas simples sobre as regras de estacionamento.”

Em 15 de fevereiro, a cidade de Olímpia viu a reativação do sistema de Zona Azul, agora sob a gestão da empresa Olipark por um período de 10 anos. Esta medida, visando organizar o estacionamento no centro da cidade, tem gerado reações mistas entre comerciantes e usuários.

Para entender melhor estas perspectivas, a “Folha da Região” realizou uma série de entrevistas, incluindo de um eletricista Luiz Carlos Rizzo que é obrigado a ser usuário do serviço e este compartilhou suas experiências e opiniões sobre o sistema.

“Desde a implementação da nova Zona Azul, notei uma mudança significativa no acesso ao centro,” disse o eletricista. “Embora a intenção seja organizar o estacionamento, algumas das regras parecem mais restritivas do que facilitadoras.”Esta observação reflete o dilema enfrentado por muitos cidadãos que veem o potencial da Zona Azul para melhorar o trânsito e o acesso aos estabelecimentos comerciais, mas estão preocupados com as políticas de implementação.

DEZ ANOS É MUITO

A concessão de um período de 10 anos à Olipark é outro ponto de discussão entre a população. “Dez anos me parece um compromisso longo demais, especialmente sem um mecanismo claro para feedback e ajustes”, comentou o Rizzo. Essa preocupação ressalta a ansiedade de alguns cidadãos quanto à flexibilidade e capacidade de resposta do sistema de estacionamento à dinâmica urbana em constante mudança.

Comerciantes, por sua vez, expressaram sentimentos mistos. Enquanto alguns veem na Zona Azul uma oportunidade para aumentar o fluxo de clientes ao facilitar o acesso ao estacionamento, outros estão preocupados com o impacto negativo nas vendas devido às possíveis dificuldades de estacionamento enfrentadas pelos clientes.

COMUNICAÇÃO MELHORADA

Sobre as reclamações e o suporte fornecidos pela Olipark, o eletricista acrescentou: “A comunicação precisa ser melhorada. Enfrentei dificuldades para esclarecer dúvidas simples sobre as regras de estacionamento”.

Os usuários do sistema também levantaram preocupações sobre a inclusão de áreas sensíveis, como o estacionamento em frente à Santa Casa de Olímpia, no esquema da Zona Azul.

INCLUIR HOSPITAL NÃO TEM CABIMENTO

“Incluir o hospital na Zona Azul complica situações de emergência. Isso precisa ser revisto,” argumentou o eletricista, destacando um aspecto do planejamento que muitos consideram problemático.

Em busca de soluções, tanto comerciantes quanto usuários sugerem ajustes no sistema, como a introdução de um período de tolerância antes da aplicação de multas, para tornar a Zona Azul mais amigável e acessível. “Uma abordagem mais flexível poderia beneficiar todos, ajudando a preservar o dinamismo do centro da cidade sem penalizar indevidamente os usuários,” concluiu o entrevistado.