17 de outubro | 2011

Dívida diminui mas ainda supera os R$ 2,2 milhões

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A dívida da Santa Casa de Olímpia, ou seja, o débito fixo, sem considerar os gastos do dia a dia, diminuiu quase 20%, mas ainda é alta e supera a casa dos R$ 2,2 milhões. Isso, segundo os números passados na tarde da terça-feira desta semana, dia 11, pelo vice-provedor e diretor da Prodem, Vivaldo Mendes Vieira. Segundo ele, o valor atualizado é R$ 2.217.000,00.

Um dos fatores que podem ser o diferencial em relação ao de três meses atrás, é que o montante da dívida com empréstimos caiu quase cinco por cento, passando de R$ 1,032 milhão em maio, para os atuais R$ 986 mil.


De lá para cá houve também negociações com fornecedores e com os próprios médicos que fazem os plantões à distância, ou seja, aqueles que, quando incluídos na escala permanecem fora do hospital, mas ao mesmo tempo a disposição para quaisquer emergências que surgirem.


“Negociamos dívidas com fornecedores no total de R$ 347 mil. Conversamos com um a um para pagarmos prestações em torno de mil reais”, conta. Além disso, também segundo ele, “passamos a comprar à vista e compramos com um preço bem mais acessível”, acrescentou.


Já em relação aos médicos, ficou acertado que a partir de junho os pagamentos seriam realizados em dia e que o salto de R$ 443 mil, valor relativo a três meses que não tinham recebido (março, abril e maio), será pago em parcelas também, a partir de janeiro de 2012. Mas há ainda as dívidas trabalhistas, negociadas anteriormente, com um representante sindical, em torno de R$ 376 mil, cujo acordo prevê o pagamento através de sorteios dos nomes de funcionários.


Mendes informou ainda que somente neste ano já foram gastos R$ 2,4 milhões com folha de pagamento, ou seja, a média de R$ 276 mil por mês. Esse valor demonstra que o repasse dos R$ 500 mil, oriundos de uma emenda parlamentar do deputado Rodrigo Garcia, é suficiente apenas para um mês, se considerar que deles sairá também parte do pagamento do 13.º salário.


Neste ano foram gastos R$ 1,4 milhão com honorários médicos. Com medicamentos foram gastos R$ 328 mil, mas nesse valor não contam todos os equipamentos e materiais necessários ao centro cirúrgico. “Não estão computados”, observa Vivaldo Mendes.


EMENDA PARLAMENTAR


Ainda sobre os R$ 500 mil, que se trata de uma verba carimbada, ou seja, tem destino certo, no caso para custeio, não pode ser utilizada com qualquer objetivo. “Não podemos dar qualquer destinação para esse dinheiro. É para fins de custeio. Veio para pagar funcionários e comprar medicamentos para a Santa Casa”, explica o provedor Mário Francisco Montine.


Mesmo assim, o dinheiro foi liberado em 3 de outubro e não pode ser usado nem mesmo para pagar débitos com folhas de pagamentos anteriores. “Só podemos usar para pagar a folha de outubro. Não podemos usar esse dinheiro para pagar os remédios que já compramos”, reforçou.


Também, segundo Montini, não pode ser utilizado nem mesmo para pagamento de uma conta de consumo de energia elétrica. Por outro lado, há previsão desse dinheiro ser utilizado para pagamento do 13.º salário que neste ano, ao contrário dos anteriores quando os funcionaram receberam com atraso, será paga uma parcela em novembro e outra em dezembro, conforme prevê a lei trabalhista. Mas esse dinheiro é pouco e dá para apenas um mês.

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