06 de julho | 2014

Diretor reconhece o erro em medida da lombada na Síria

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Não bastasse a quantidade de vezes que teve de ser refeita por erros na aplicação dos materiais, agora o diretor da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), Amaury Hernandes (foto), que também é responsável pela organização do setor de trânsito, acabou por reconhecer que também houve erro, mas agora na medida prevista pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), da famosa lombada da Rua Síria, no centro de Olímpia.

“Aquela da Rua Síria realmente ficou mais alta. Houve um erro na execução e vamos alongá-la jogando para 3,70 metros (de largura), visando diminuir o impacto da altura”, afirmou durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local na segunda-feira, dia 30 de junho.

Já em relação às demais, inclusive as mostradas por esta Folha da Região na edição passada, ele afirma que estão dentro da normalidade. “Acabamos essa semana passada de construir 21 lombadas no município para minimizar os índices de acidentes. Todas as lombadas que estão sendo feitas agora estão com a altura normal que determina o código de trânsito”, afirmou.

Hernandes justifica que aumentou o número de veículos e motocicletas e, con­se­quentemente aumentam os problemas do sistema de trânsito: “A capacidade da via é menor que a quantidade de veículos existentes”.

Por outro lado, em tom de crítica, o diretor critica e afirma que falta responsabilidade a alguns condutores que exageram na velocidade e acabam gerando vários acidentes.

Mas também crítica o trabalho realizado pelas autoescolas que estariam soltando às ruas pessoas habilitadas que desconhecem as leis e normas de trânsito, principalmente no caso dos jovens.

LOMBADAS ERRADAS

Porém, os redutores de velocidade, o­bstá­culos que são conhecidos também por lombadas ou tartarugas, que foram construídas nos últimos dias não estariam respeitando as normas estabelecidas pelo Contran.

Pelo menos é o que parece estar ocorrendo principalmente em relação a sete delas que teriam sido construídas no período entre os dias 23 e 27 de junho, segunda e sexta-feira desta semana.

Segundo o Contran, há dois tipos de lombadas, mas ambos em tamanhos que evitam que o assoa­lho do automóvel raspe quando passam pelos obstáculos. O tipo I prevê comprimento de 1,50 metro e altura de no máximo oito centímetros.

Já o tipo II, prevê a plataforma com 3,70, com a altura máxima de 10 centímetros. Nesse caso, a distância entre os eixos dos carros evita a possibilidade de que o as­so­alho raspe na lombada.

No entanto, embora sem um equipamento específico para a me­dição exata destes verdadeiros “monstrengos”, aparentemente não é isso que se verifica nos casos visitados por esta Folha.

Um exemplo é o caso da Avenida Dr. Andrade e Silva, na altura do número 842, onde tem outra lombada, que segundo um comerciante do local, vários carros raspam o assoalho quando passam principalmente os mais baixos. Esse obstáculo tem cerca de 1,60 de largura e mais de 13 centímetros de altura.

Outro caso que também demonstra o eventual desrespeito à norma do Contran está quase defronte ao portão principal da Escola Estadual Dr. Antônio Augusto Reis Neves, mas na pista sentido leste a oeste. Esse obstáculo tem cerca de 1,60 metro e 12 centímetros de altura aproximadamente.

A verdade, no entanto, é que em quase todos os locais onde as novas lombadas foram cons­truídas, pessoas encontradas nas redondezas disseram que viram carros raspando o escapamento ou o asso­alho nas mesmas. Ou mesmo eram visíveis os sinais de riscos nos próprios obstáculos, sinalizando que algo teria raspado na sua superfície.

 

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