22 de maio | 2011

Déficit da Sta. Casa cresceu 206% depois da intervenção de Geninho

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O déficit mensal da Santa Casa de Olímpia teve um crescimento da ordem de 206%, no período de 13 meses e meio, principalmente a partir da intervenção decretada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, que culminou com a saída da então provedora Helena de Souza Pereira, no início de março de 2010.

A essa conclusão se pode chegar a partir da informação publicada nesta semana pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, informando que o hospital apresenta um prejuízo, ou seja, um déficit, no valor de R$ 230 mil por mês.

Esse valor, quando comparado aos R$ 75 mil que, foi até apontado como justificativa para a intervenção do município, mostra uma diferença de R$ 175 mil, a maior, o que representa um aumento de 206%.

O pior é que, tendo um déficit de R$ 230 mil por mês, ao final de 10 meses, a dívida certamente estará beirando os R$ 4 milhões. Claro que, com o passar dos meses, a coisa pode ir recrudescendo mais ainda e além da dívida ir aumentando, a situação do atendimento também deverá ir piorando ainda mais, o que pode interferir na existência do único hospital de Olímpia.

De acordo com a informação divulgada na terça-feira desta semana, dia 17, pelo provedor Marcelo Elias Najem Gallette, todo mês a Santa Casa de Olímpia tem prejuízo de R$ 230 mil.

O hospital gasta R$ 650 mil por mês para manter o serviço e pagar os funcionários. A receita fixa é de R$ 420 mil, considerados os repasses do Ministério da Saúde e do município.

Em entrevista que concedeu ao jornal Diário da Região, o provedor anunciou que a dívida acumulada é de R$ 1,3 milhão, sendo R$ 800 mil com fornecedores e R$ 500 mil em financiamentos bancários.

Também segundo o jornal, o hospital realiza aproximadamente 3,5 mil consultas e 308 cirurgias mensalmente em moradores de Olímpia, Severínia, Cajobi, Guaraci e Altair.

INTERVENÇÃO

Há aproximadamente um ano, ocorreu uma intervenção na Santa Casa, decretada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, inclusive por recomendação do Ministério Público.

A direção foi trocada após o corpo clínico paralisar os atendimentos emergenciais, uma vez que os médicos reclamavam que não estavam recebendo da instituição o plantão de disponibilidade, ou seja, um valor fixo mensal pago para o profissional que é convocado para prestar atendimento.
Embora com várias reclamações e até possível morte de paciente por falta de atendimento, ao jornal, o provedor Marcelo Gallette afirmou que o atendimento ocorre de forma normal.

Diz ele que, apesar das dívidas, não houve redução nos procedimentos. Mas atira a responsabilidade por sobre a população. "A situação é terrível. Não recebemos apoio. Se não existir mobilização da população, o hospital vai fechar um dia", declarou ao jornal.

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