24 de agosto | 2008

Como o ouvinte gostaria que fossem os horários eleitorais

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 Uma coisa é indiscutível quando se trata de opinião de ouvinte de rádio. Se a questão for o estilo de música, por exemplo, ainda tem quem defenda o sertanejo clássico enquanto outro dá preferência ao chamado "brega sentimental" das duplas mais modernas. Dificilmente, haverá consenso entre duas pessoas, que dirá quando se trata de um universo maior. E no caso dos horários eleitorais gratuitos também não é diferente.

A reportagem desta Folha se preocupou em saber, na opinião do ouvinte, como deveriam ser os programas elaborados pelas coligações para divulgar as campanhas de seus candidatos. E os palpites surgem em todos os sentidos. Há até quem clame pelo bom senso para não cansar a quem se interessa por conhecer as propostas apresentadas.

O tempo de cada coligação é determinado de acordo com as siglas partidárias e as quantidades de cargos ocupados no Congresso Nacional. No entanto, a balconista Kelly Cristina de Souza Ramos Mendes, entende que os candidatos a prefeito deveriam ter um tempo maior do que têm, mas preenchido com bom senso. "Cada vereador tinha que ter um tempo maior para expressar tudo certinho, mas também para não ficar falando muito lero-lero", diz.

Mas o aposentado Gilberto Collinetti (foto) pensa diferente. O motivo é que ele não gosta de política e por isso afirma que o tempo no rádio e na televisão "é muita coisa". Para ele as campanhas deveriam ser apenas nas ruas: "Você está assistindo televisão e daí a pouco corta e começa a passar o horário gratuito. Acho que é errado isso".

A atendente Mirelle Souza de Alencar, por exemplo, acha válido qualquer forma de comunicação entre candidato e eleitor. Ele é objetivamente contra os showmícios, agora proibidos pela legislação eleitoral. "O povo ficava muito acessível e eu só não gostava disso", afirma.

Menos cansativo

A comerciante Fátima Maria Marcuzzo reclama da repetição. Ela gostaria de algo menos cansativo e com mais objetividade, como por exemplo, eu os programas fossem realizados ao vivo e não gravados como acontece: "para você sentir como ele (candidato) se apresentaria".

Começando a se interessar pelos programas eleitorais, o trabalhador rural José Maria dos Santos, sobre os programas ele lamenta que do jeito que são elaborados, os programas não deixam claro a veracidade das falas: "Nesse ponto a gente não sabe quem fala a verdade ou não. Mas a gente vem acompanhando pela câmara municipal e dá para saber as pessoas sérias que tem dentro de Olímpia".

Embora confesse não acompanhar muito de perto os assuntos relativos às eleições, o pintor Maurício Rodrigues acredita que os tempos dos horários políticos não dêem para conhecer as propostas dos candidatos: "acho que não porque em quatro anos não conseguem (explicar) em trinta minutos, jamais".

A vendedora Roseli Cristiane Arruda Salmazo reclama somente que há muita coisa falada repetida. Mesmo assim acha que "está legal". A qualidade dos candidatos também é elogiada: "melhorou muito. Não há sujeira na cidade. Esse tempo de eleição ficava um lixo na cidade".

Já para o motorista Marcos Andrade ao invés dos programas nos formatos que são apresentados, os debate seriam importantes desde que tempo de aproximadamente uma hora de duração: "chamar todos os eleitores para fazer um debate".

Para o aposentado Geraldo Benine o único ponto falho é o momento das programações, tanto no rádio, quanto na televisão, que deveriam ser alterados. "Deveria ser (programas) em horários não tão nobres para podermos assistir outras coisas".

Vida pregressa

Para o balconista Fábio José Marcondes, os tempos consumidos não é válido principalmente porque "as propostas dos candidatos são todas quase iguais e só depois que o cara ganhar mesmo que a gente verá se funcionará mesmo ou não".

O que vale para Marcondes, numa cidade igual a Olímpia, é que o eleitor conhece o candidato no dia-a-dia, por exemplo, se é dono de um empresa que prospera, se trata bem seus funcionários e se ele paga as suas contas em dia. "Porque o cara que não paga as contas dele em dia, vai pagar a conta de uma prefeitura, por exemplo?", questiona.

 

 

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