06 de novembro | 2011

CEF desconhece construção de mais 69 casas no conjunto

Compartilhe:
 

A Caixa Econômica Federal (CEF), que gerencia o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, desconhece a construção de mais 69 unidades habitacionais no Conjunto “Village Morada Verde”, cujas obras estão sendo concluídas na zona leste de Olímpia.

De acordo com a manifestação da superintendência da instituição financeira, através da assessoria de Imprensa e Marketing, a CEF se isenta de qualquer responsabilidade sobre a construção de 69 casas, além do total de 786 previsto inicialmente em contrato.


Segundo a informação publicada no início da tarde desta sexta-feira, dia 4, em um blog na Internet “a Caixa tem contrato firmado com 786 casas e não existem outras unidades” para a instituição, segundo a assessora Márcia Ishi Viana de Castro.


A assessora informa que áreas comercial ou institucional não fazem parte do empreendimento, por ser da modalidade até 10 salários mínimos, e não de zero a três salários mínimos. “Não há esta exigência de estrutura comercial e institucional para essa modalidade de conjunto”, reforça.


Além disso, a assessora, insiste que foram construídas 786 casas e que todos os respectivos contratos já estão formalizados com os futuros moradores. Por isso, caso haja mais imóveis além do total oficial, “não tem nada a ver com o empreendimento”, acrescentou.


Antes, Márcia Ishi Viana de Castro já havia negado qualquer possibilidade de uma só pessoa possuir mais do que uma unidade dentro do empreendimento. De acordo com ela, uma situação inviável dentro do formato deste programa. Na ocasião, disse que “todos os imóveis já estão registrados em cartório, e cada um em nome de uma pessoa”.


“Nós não temos esta informação, nem denúncia formalizada sobre isso. Nem tenho conhecimento desta lista”, disse. “Se não tivesse limite de renda, tudo bem, até poderia acontecer, mas não neste caso”, emendou. “O trabalho é feito de forma muito profissional e cuidadosa, e a listagem das casas não é para conhecimento público”, observou ainda.


A assessora negou também a possibilidade de haver qualquer negociação paralela, mesmo que uma negociação de lotes servisse para baratear a compra da área pelo município. “Não existe negociação paralela, no particular, internamente”, afirmou taxativamente.


Também segundo o blog, procurada a Pacaembu Empreendimentos, responsável pela obra, teria preferido não se manifestar a respeito do assunto. Já o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, que se encontra de férias e reassume somente na segunda-feira da próxima semana, dia 7, não foi localizado pela reportagem desta Folha.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas