07 de maio | 2014

Caseiro aponta pai e avô de menina como autores de crime

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Pai e avô paterno são apontados pela polícia como os principais suspeitos de terem decepado o pênis do caseiro de uma chácara de Olímpia, que teria abusado sexualmente de uma menina de 3 anos, no domingo, dia 4. A suspeita da autoria do crime foi reforçada após a polícia ouvir FSC, de 67 anos de idade, que se recupera na Santa Casa de Barretos.

Segundo a informação publicada nesta quarta-feira, dia 7, o delegado Marcelo Pupo de Paula, relatou que o caseiro lhe contou que duas pessoas, uma delas bem forte e com várias tatuagens parecendo ser o pai da menina, entraram na chácara na manhã de segunda-feira e o obrigaram a entrar em um Santana.

De lá seguiram para uma vicinal, até chegar a um matagal onde “amarraram o homem pelos pés e pelas mãos a uma árvore e fizeram um corte profundo em três dedos da mão direita. Depois cortaram o pênis dele com uma faca”.

No entanto, o delegado entende que os acusados da agressão não queriam provocar a morte do caseiro: “após o crime, colocaram o idoso dentro do carro novamente e o deixaram em outra estrada, com fluxo de veículos maior. Isso mostra que eles não queriam que o homem morresse”. A parte do membro decepada ainda foi deixada ao lado corpo, em uma sacola plástica.

PRISÃO DOS ACUSADOS

O delegado diz que somente após o depoimento tanto do pai, quanto do avô da criança, é que tomará uma decisão em relação a pedir ou não a justiça a prisão de ambos: “Dependendo do que estiver no depoimento posso pedir a prisão preventiva dos suspeitos”.

Já a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Olímpia, Maria Tereza Ferreira Vendramel, que investiga a denúncia de abuso contra a garota, afirmou apenas que recebeu o caso na terça-feira, dia 6, e que daria início às oitivas. No entanto, como sempre age, a delegada não divulgou detalhes da investigação.

O laudo do Instituto Médico Legal de Barretos (IML) sobre o suposto crime sexual não confirma a violência. O documento informa que a menina apresentava “assaduras na região vulvar” o que, de acordo com o delegado Marcelo Pupo de Paula, não é suficiente para comprovar a ocorrência de estupro.

Por esse motivo, o delegado diz que mais análises periciais serão feitas, inclusive da calcinha que a criança usava no domingo, dia em que o abuso teria ocorrido.

ACUSADOS NEGAM

O pai da menor afirmou ao Diário da Região que ainda não foi notificado pela polícia e que não se pronunciaria sobre o assunto. “Caso eu seja notificado eu vou me defender. Eu não fiz nada e não vou falar nada ainda. Vou esperar a notificação, se ela vier”, afirmou, por telefone.

De acordo com o delegado de Severínia, o crime de estupro de vulnerável, caso seja confirmado, prevê pena de 8 a 15 anos de prisão. Já o crime de lesão corporal gravíssima, do qual o idoso foi vítima, prevê pena de 2 a oito anos de reclusão.

DEDOS REIMPLANTADOS

Por outro lado, o caseiro permanece internado e seu estado de saúde é bom. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa de Barretos, os dedos da mão direita foram reimplantados. O mesmo não foi possível com o pênis, cujo reimplante foi tido como “irreversível”. Entretanto, os médicos ainda não decidiram se irão colocar uma prótese no lugar do órgão ou fazer enxerto.

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