A Câmara Municipal de Olímpia encaminhou ofício ao Ministério Público (MP) local, solicitando que a instituição atue fortemente no sentido de sanar o caos instalado no setor da saúde pública do município, principalmente no Pronto Socorro (PS) da Santa Casa.

O ofício, cuja cópia foi obtida por esta Folha, atende a requerimento apresentado pelo vereador João Baptista Dias Magalhães, que foi aprovado por unanimidade na sessão ordinária realizada na noite da segunda-feira desta semana, dia 5, e subscrito por sete vereadores, dentre eles, três nomes que compõem claramente a bancada que dá apoio explícito ao prefeito Eugênio José Zuliani.

No documento encaminhado ao MP local foram relatadas as contratações terceirizadas, primeiro da Comed (Cooperativa de Médicos), de Sertãozinho, e em seguida da OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público), denominada Instituto de Gestão de Projetos da Noroeste Paulista (Gepron), com sede em Araçatuba, inclusive que está ultima já tem contrato de um ano no valor de R$ 3 milhões, para gerenciar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Sem qualidade técnica e serviços de péssima qualidade”, acrescenta, considerando as informações atribuídas ao diretor clínico da Santa Casa, médico Nilton Roberto Martinez. “Tomamos essa atitude porque constatamos, através de matérias estampadas no final de semana em dois semanários, especialmente no jornal Folha da Região”, justifica.

Magalhães considera grave a denúncia do médico Nilton Roberto Martinez, praticamente decretando o caos definitivo no Pronto Socorro da Santa Casa. “Quando o diretor clínico vem a público fazendo as graves denúncias que foram estampadas no jornal, nós não podemos mais ficar alheios a respeito dessa situação. Embora a Santa Casa seja uma entidade privada, o Pronto Socorro é de responsabilidade do município de Olímpia”, reforçou.

Além disso, diz que vem acompanhando os fatos ocorridos por conta do atendimento médico considerado deficiente e a forma como as pessoas vêm sendo tratadas. “E oficialmente agora nós temos a palavra do diretor clínico, uma fala de alguém que está pedindo socorro também”.

Mas, segundo o vereador, inicialmente o documento foi encaminhado apenas ao MP local, do qual aguarda resultados. Mas se isso não ocorrer pode levar a questão à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). “Para que eles possam resolver essa questão de forma definitiva”, justifica Magalhães.

Como se sabe, o diretor clínico da Santa Casa enviou ofício à provedoria do hospital, à secretaria Municipal de Saúde, ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao MP local, comunicando a situação verificada no dia 28 no pronto-socorro do hospital.

Nos ofícios também comunica que a OSCIP denominada Gepron), contratada pela prefeitura para viabilizar a UPA, não tem condições e não estaria preparada para assumir os serviços para os quais foi contratada pela prefeitura por quase R$ 3 milhões ao ano.

Além disso, sugere também que sejam tomadas atitudes administrativas e até processo legal se for o caso, contra o médico Amin José lrabi, que deixou de comparecer para atender no pronto socorro e também contra o diretor técnico da Gepron.

VEREADORES ZUALIANISTAS
ASSINAM REQUERIMENTO
Ainda durante a sessão ordinária, após a aprovação do requerimento de Magalhães pelo plenário, o presidente Ferezin, por sugestão do autor, colocou o mesmo à disposição dos demais vereadores que quisessem subscrever o documento aprovado naquele dia.

Segundo consta, o requerimento foi então subscrito (assinado) por sete dos 10 vereadores que compõem a Câmara Municipal de Olímpia.

Além dos vereadores de oposição, Hilário Juliano Ruiz de Oliveira e Priscila Seno Mathias Neto Foresti, e ainda o presidente da Câmara Rodnei Ferezin, os situacionistas Aguinaldo Moreno, José Elias Morais e Gustavo Zanetti, também assinaram o requerimento junto com Magalhães.