Com a umidade relativa do ar constantemente abaixo do normal e a falta de cuidados específicos ou mesmo de respeito à natureza, aumenta a facilidade de propagação do fogo em casos de focos de incêndios, sejam em mata nativas, pastagens ou áreas cultivadas com cana-de-açúcar.

Pelo menos é isso que se pode depreender das explicações dadas nesta semana, pelo comandante do Posto do Corpo de Bombeiros de Olímpia, sargento Adileu Galina.

“Com esse tempo de baixa umidade o material combustível se torna mais seco, facilitando a propagação do fogo muito mais rápida, causando prejuízos”, comentou durante entrevista à imprensa local.

Porém, acrescenta que o fogo não surge do nada, principalmente quando de trata de um canavial ou mesmo mata nativa. “Tem imprudência de alguns proprietários que não fazem o aceiro que deveria ter feito, onde provoca esses incêndios e destruição”, acrescentou.

Sobre incêndios criminosos, isto é, em casos de fogo colocado com a finalidade de simplesmente queimar a cana-de-açúcar, situação que obriga proprietários das terras a contratar cortadores para colher a produção imediatamente, não acrescentou muita coisa.

Questionado sobre a possibilidade da colocação de velas acesas dentro de latas, para iniciar o fogo que, com essa prática demora um pouco para propagar, facilitando a fuga do autor do crime, disse que nenhum prova dessa prática foi encontrada até agora.

“Nós não encontramos nenhum vestígio desse tipo. O que se tem visto é que, com certeza em alguns locais provavelmente foram criminosos, principalmente em canavial”, reforçou.

Mas há outros crimes que podem ter sido cometidos “ateando-se fogo nas margens de rodovias. Junto com o canavial não há o aceiro, pega fogo na rodovia e passa para o canavial, queimando a cana”.

Mas a quantidade de focos de incêndio acima do normal neste ano está preocupando a corporação. “A quantidade de focos de incêndios ocorridas em matas, pastagens, canaviais, em toda a área rural, está muito acima da média”, disse.