17 de maio | 2015

Beto Putini antecipou a campanha eleitoral?

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WILLIAN ANTONIO ZANOLLI

Tem gente que até pode achar que é “pegação” de pé, mas não é, é simplesmente querer discutir os métodos primitivos de se fazer campanha por aqui, ou de tratar como ignorante o eleitor local.

Todos os que lidarem com desprezo, com falta de respeito, com a tradicional arrogância dos políticos comuns e de sempre serão aqui retratados.

Deu motivo, “nóis” escreve.

Já foram premiados o Marcos Zero, Leonardo Simões, Salata, Paulo Polisseli, Hilário e Beto Putini, que retomamos por que “parece” que não faz direito a lição de casa, nunca.

Lembremos porém, que quando à frente da Câmara, enquanto presidente foi um dos responsáveis pelo aumento abusivo do IPTU, juntamente com Eugênio José, Salata, Marcos Coca, Pastor Leonardo, Marcelo da Branca, Jesus Ferezin, Becerra, Cristina Reale, Paulo Poliselli.

Hilário Ruiz votou contra este absurdo, que agora Polisseli que foi a favor tenta reverter por demagogia, ano eleitoral se aproxima, e o aumento trouxe prejuízos, a tentativa dos vereadores se reelegerem, ao setor imobiliário e ao contribuinte.

Beto a quem é direcionado o artigo, consta em seu currículo com a defesa intransigente a favor do aumento do IPTU.

Foi quem propôs entre outras coisas a mudança do Festival do Folclore, de agosto para julho, o que se revelou um desastre.

Projetou a renovação da antiga Prainha, depois de conquistada a verba descobriu que o terreno não pertencia à Prefeitura.

Mudou o foco para a recuperação da abandonada Avenida Brasil, que não deu em nada.

Criaram uma Secretaria do Turismo para ele, e foi promovido a Secretário de Turismo, bastante discutido por aqui que o objetivo seria alavancar, óbvio, com dinheiro público, sua pretensão a candidato a prefeito de Olímpia.

No bojo desta intenção, de início já anunciou que as obras de revitalização da Avenida Aurora Forti Neves, da Boiadeira, a ponte do Clube de Campo atribuídas ao Alckmin, Rodrigo Garcia e Geninho eram obras relacionadas ao seu mandato a frente da pasta de Turismo.

Alguém faltou com a verdade ai, ou o Secretário, na pretensão de ser candidato ou os órgãos de comunicação ligados ao prefeito que atribuíram a outros a conquista desta obra.

Por conta destes efeitos, muito utilizados na política, antiga, velhusca, de princípios discutíveis, que nos círculos políticos se imputa a Beto uma rejeição muito grande de parte do eleitorado.

Sem contar sua postura que a alguns, entre os quais me incluo, se imputa a ele dificuldade de se relacionar com quem diverge de seus posicionamentos.

Sim, a nós parece ter ranços ditatoriais, agindo pela prepotência, pela arrogância, autoritarismo, mandonismo, falta humildade, respeito pelo pensamento alheio, muito impositivo na nossa opinião.

Teria tudo para ser um grande político, mas, mais afasta que aproxima.

Sem contar que suas práticas, mesmo que não pese contra si nenhuma, até os dias de hoje, denúncia de malversação ou desvio de verbas públicas, são práticas comuns a maioria dos ditadores que chegaram ao poder em Olímpia.

O tradicional, aos amigos tudo, aos inimigos… fiquem a vontade para concluir.             

E nesta barquinha, nem se atenta para o lugar comum, que o óbvio está sendo observado pela maioria, que sabe que sua condução a Secretaria de Turismo visa tirá-lo do limbo político, construir uma imagem de empreendedor que não conseguiu, por pura incompetência, construir ao longo de seus quase vinte anos de vida pública ou mais.

Se perdeu em ser oposição a tudo quando foi oposição e submisso a tudo quando foi situação.

Como a maioria ao longo de sua história política se comportou como um legislador abaixo da média do que deveria ser um, tanto que não há grandes projetos de lei que o coloque em destaque.

Presidente da Câmara, para ampliar sua postura de arrogância e prepotência instituiu a censura na Tribuna Livre que passamos a chamar de Tribuna Beto Roda Presa.

Escrevemos muito a respeito da biografia do Beto. Vamos aos fatos recentes.

Pais e mães incomodados nos informaram que em algumas escolas estavam sendo levadas palestras com o Secretário de Turismo, lógico que falando de sua pasta e de emprego.

Pode, a princípio, não parecer nada demais, não fosse o incomodo a nós demonstrado pelos pais dos alunos e levados ao ar pela Rádio Difusora, que transmitiu o desconforto de alguns pais.

Cheguei a tocar no assunto no noticiário da Rádio Cidade FM 98.7, mas não aprofundei o tema, aproveito a oportunidade e faço agora.

Não fosse a pretensão do Beto em ser candidato a prefeito, nada demais que ele e outros secretários, vereadores, prefeito ou vice, visitassem a convite, as escolas do município para falarem de temas diversos. A convite.

No entanto, como sempre foi da minha prática tentar ser o mais leal possível a minha história de vida, onde injustiças não são bem vindas, questionei os pais acerca desta visita, que no meu entendimento poderia não ter nada demais.

No entanto, pelo que eles me falaram a visita se deu em escolas cujos alunos já tem idade para serem eleitores.

O tema em si era muito mais no sentido de falar dos benefícios do turismo enquanto alavanca do progresso de Olímpia e como umas das poucas alternativas para o crescente desemprego e da importância de sua pasta e obviamente da presença de si mesmo a frente dela do que cultural e pedagógico.

Entenderam alguns pais que se tratava de campanha eleitoral antecipada por não encontrarem justificativa da presença do secretário nas escolas, sendo que não é comum, já que outros agentes políticos não fazem isto costumeiramente.

E nem poderiam, até porque atrapalharia o calendário escolar, as aulas em si.

Uma coisa é a participação em um evento especifico, falando da importância de determinada situação de interesse do alunado, outra coisa é palestra em escola cujos objetivos não ficam bem claros e passam a maioria a sensação de campanha eleitoral.

Se for isto, o que verdadeiramente aconteceu, Beto Putini fez uso de uma prática condenável e deve explicações aos pais que não gostaram da situação e a sociedade que não pode ser tolerante com práticas que devem ser combatidas por parecer privilégios inconcebíveis que não coadunam com a prática democrática.

Se o ocorrido for da maneira como relatado, necessário informar aos responsáveis pelas escolas públicas que todos os agentes públicos têm direito a tratamento idêntico, sem discriminação, o que pode colocar dificuldades a compatibilização entre as palestras e as aulas.

Falamos isto de gracinha, já que está fora de questão tamanho absurdo, escola é lugar de estudo, não de plataformas eleitorais fora do período, e no período, se houver intenção do convite, todos os candidatos têm que ser convocados para o debate como prega a lei eleitoral.

É preciso averiguar com responsabilidade o que de fato aconteceu, se houve transgressão a alguma regra, e se houve cuidar para que não haja mais.

Não me lembro desta peregrinação do Beto Putini pelas escolas quando era Secretário da Cultura, quando deveria ter frequentado mais escolas por força do cargo, ou quando Presidente da Câmara, razão pela qual, até que não haja uma explicação séria sobre o assunto me alinho aos pais que suspeitam que estas “visitas” não passam de antecipação da campanha eleitoral.

Favoritismo e privilégios inconcebíveis, práticas que devem ser combatidas com vigor, por traduzirem uma prática danosa a democracia e a moralização da coisa pública.

 

Willian A. Zanolli é ar­­tista plástico, jornalista, estudante de Direito, pode ser lido no w­ww.willianzanol­li.­blo­gs­pot.com e ouvido de segunda, quar­ta e quin­tas-feiras, das 11h30 às 13h­00 no jornal Cidade em Des­taque na Rádio Cidade FM 98.7 Mhz. E, aos do­min­­gos, das 10h00 às 12h­00 no programa Sarau da Ci­dade.

 

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