11 de julho | 2012

Assessoria do Gepron tenta explicar segunda-feira de caos na UPA

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A assessora de imprensa da Gepron, jornalista Fabrícia Lopes, através de email enviado na terça-feira, 10, para o iFOLHA, explicou, pela ótica da entidade, o que teria ocorrido na segunda-feira de caos noticiada por este site, quando uma criança de pouco mais de um ano morreu e vários pacientes eram observados sofrendo e sem atendimento, o que foi demonstrado inclusive através de fotografias, na UPA – Unidade de Pronto Atendimento recém inaugurada para substituir o PS da Santa casa local.

Segundo a assessora, o Gepron (Instituto de Gestão de Projetos da Noroeste Paulista), é a gestora da unidade em parceria com a prefeitura e, segundo teria sido apurado pela entidade, a criança citada na matéria publicada pelo iFOLHA teria dado entrada em estado grave por não ter recebido atendimento emergencial na cidade de Altair, porque o posto de saúde da cidade estava fechado, conforme relata a mãe no próprio texto do IFolha (extraído de Boletim de Ocorrência na Delegacia local). “O município onde a paciente reside fica há 35 quilômetros de distância de Olímpia”.

Ainda segundo a nota, a direção da UPA registrou que a criança já chegou tendo parada cardiorrespiratória. “A equipe médica presente, composta por clínicos e um pediatra, tentou reanimá-la, mas infelizmente não foi possível. A unidade tomou todas as medidas médicas possíveis”, continuou.

Sobre a longa espera verificada “in loco” no local, na segunda-feira, inclusive com usuários até chorando e sem atendimento, foi declarado: “A equipe médica teve que atender dois casos (o da criança que veio a óbito e de um idoso) seguidos de parada cardiorrespiratória, sendo que um desses atendimentos, o de um senhor de idade, foi feito com sucesso – ele foi atendido logo após ter a parada. Logo em seguida, o tratamento dele teve continuidade na Santa Casa.

SOBRE A UPA
Diz ainda a nota que: “Segundo a supervisora técnica do Gepron no município, Cristiane de Oliveira, aproximadamente 60 profissionais atuam no local. Um especialista clínico e um pediatra ficam disponíveis para atender a população 24 horas, junto com um médico de apoio, além de um ortopedista que fica de plantão diariamente durante quatro horas por dia”.

E conclui: “A supervisora explica ainda que a estrutura do local está totalmente adequada à legislação, o que oferece o conforto necessário para o atendimento da população e argumenta que a UPA possui todos os equipamentos necessários para prestar o atendimento de complexidade intermediária e explica ainda que a equipe do local foi treinada para isso”.

OUTRO LADO DO LADO DE CÁ
Para o editor do iFOLHA e do jornal Folha da Região de Olímpia, jornalista José Antônio Arantes, os esclarecimentos da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) embora enriqueçam a matéria publicada no site, não mudam em nada o que foi publicado pelo iFOLHA e que está comprovado fartamente por fotos: Morreu a primeira criança na UPA que viveu uma segunda-feira em que mais parecia uma verdadeira fábrica de caos.

“Aliás, continua o jornalista, se vivêssemos um governo realmente democrático e não virtual, os esclarecimentos enviados por email poderiam ter sido prestados pela própria secretária da Saúde que estava no local e, ao invés de procurar explicar a situação para o jornalista enviado, que ela conhece e até já foi amiga, pelo que se presume, preferiu se esconder no interior do prédio e, coincidentemente ou não, logo após um funcionário saiu do interior do prédio para hostilizar o profissional de imprensa conforme foi gravado no local”, concluiu.

Se ainda não leu a matéria, clique no link a seguir: UPA registra primeira morte em seu primeiro fim de semana como fábrica do caos.

 

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