30 de novembro | 2022

Prevenção é a melhor maneira de evitar doenças nas férias

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Parte I

Nas férias de verão é preciso tomar alguns cuidados para que os passeios turísticos e ecológicos não acabem em prejuízos à saúde. No Brasil, doenças como a febre amarela silvestre ou as diarreias podem transformar momentos de descontração e diversão em pura dor de cabeça. Porém, podem ser facilmente evitadas. E para quem planeja viajar para outros países, os cuidados devem ser com a poliomielite e o sarampo, doenças que ainda ocorrem em diversos países da África, Europa e Ásia.

E, principalmente, tem a Covid-19 cujos casos aumentaram bastante ultimamente. A vacina ainda é o melhor remédio contra o vírus e suas variantes.

Para a prevenção da febre amarela silvestre existe vacina. Portanto, a orientação às pessoas que pretendem viajar para áreas de risco é procurar um posto de saúde dez dias antes do embarque e tomar a vacina. Assim, os viajantes poderão visitar áreas de matas nativas com tranquilidade. O Ministério da Saúde fornece a vacina para as unidades de saúde dos municípios, mesmo os que estão fora da área de risco, para que ninguém pegue a estrada sem estar protegido. A vacina também está disponível em salas de vacinação nos portos, aeroportos e fronteiras. A dose contra a febre amarela é gratuita e deve ser renovada a cada dez anos.

A vigilância epidemiológica em relação à febre amarela vem sendo fortalecida em todo o Brasil com as ações de capacitação desenvolvidas pela Gerência Técnica da Febre Amarela do Ministério da Saúde.

Os principais locais de risco são as regiões de matas e rios. No Brasil, essas áreas compreendem todos os Estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além do Maranhão e Minas Gerais, bem como as regiões sudoeste do Piauí, oeste da Bahia, oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e noroeste de São Paulo.

No extremo sul da Bahia e norte do Espírito Santo, ainda que não esteja ocorrendo transmissão nessas áreas, recomenda-se a vacinação, devido às características ecológicas favoráveis à circulação do vírus. As pessoas que moram nessas regiões também devem tomar a vacina, caso ainda não o tenham feito ou o fizeram há mais de dez anos.

Os sintomas mais comuns da doença são febre alta e calafrios, mal-estar, vômito, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição da urina. Não há tratamento específico para a febre amarela silvestre, mas devem ser evitados os salicilatos (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. Na identificação de alguns dos sintomas, deve-se procurar um médico da unidade de saúde mais próxima. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.

Um dos principais sinais de alerta para a febre amarela silvestre são mortes de macacos nas matas, o que indica o aumento da circulação do vírus. Por isso, a pessoa que identificar mortes de macacos nos locais que visitou deve informar às autoridades sanitárias daquela região. (Continua na próxima edição).

 

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