28 de junho | 2020

Após aviso sobre denúncia organizadores cancelam festa Rave em chácara da cidade.

Compartilhe:

Editor da Folha e da Rádio Cidade
recebeu os prints e formulou a
denúncia ao Ministério Público.
Mesmo na fase laranja a que Olímpia
passou nesta sexta-feira, as
aglomerações em festas estão proibidas
por normativas Municipal e Estadual.
O seu descumprimento enseja o
enquadramento em crimes previstos no Código Penal.

Após serem informados da existência de uma denúncia na promotoria pública de que a festa seria realizada, os organizadores de uma festa Rave que começaria na sexta-feira e se estenderia até a noite de domingo numa chácara da cidade acabou sendo cancelada.

Os organizadores chegaram a montar um grupo no WhatsApp para organizarem o evento que teria música ao vivo e estaria sendo preparada para receber pe­lo menos 200 pessoas nos três dias de realização inin­terrupta da promoção.

Pelos diálogos nos “prin­ts” do “Whats”, os organi­za­dores não estariam nem aí com a situação de pan­de­mia acreditando inclusive que a situação de isolamento e de proibição de aglomeração já passou dos limites.

A representação ao Ministério Público foi feita pelo editor desta Folha e da Rádio Cidade após ter recebido os “prints” pelo WhatsApp da Rádio.

Na representação o jornalista, advogado e professor de filosofia e sociologia assim se expressou:

Considerando que o Brasil está próximo de chegar ao que é considerado o pi­co da pan­demia do novo coronavírus;

Con­siderando que a ci­da­de também vem registrando um considerável a­umento no número de casos confirmados de contaminação;

Considerando que são várias as postagens que se notam de festas que estão sendo promovidas em chá­caras, as chamadas Ra­ves em nossa cidade, existindo até Boletins de Ocorrência na delegacia local de vizinhos reclamando do som alto;

Considerando que a Divisão Regional de Saúde a que pertence o município de Olímpia, de acordo com decreto estadual, está na fase vermelha, onde só fun­cionam as atividades essenciais e todo tipo de aglomeração tem que ser evitada;

Considerando que a prefeitura local não está conseguindo exercer fiscalização visando evitar os excessos cometidos por empresários e população em geral;

Considerando que a Polícia Militar local também não tem exercido a fiscalização de situações que ferem frontalmente o próprio Código Penal e para que se evite que muitos i­nocentes tenham que pagar pela irrespon­sa­bili­da­de de um grupo de jovens que não está preocupado com o cumprimento da lei, se faz necessário apelar pa­ra o órgão que é especificado em nossa cons­tituição com a incumbência de fiscalizar o cumprimento das leis, requerendo-se medidas urgentes, inclusive judiciais, se necessário, para evitar a realização de mais uma destas promoções que estão sendo di­vulga­das, esta no Wha­ts­App, que estaria marcada para ser realizada nesta sexta-feira, segundo prin­ts que chegaram até a redação deste jornal onde constam até telefones de organiza­dores e participantes.

A pessoa que passou as informações, pediu sigilo da fonte e, ao enviar os prints, especificou: “Estão organizando uma festa para 200 pessoas, na chácara do euripinho, sábado. E vai ser cobrado e com show”.

Seguem anexos os prin­ts mencionados acima.

O documento foi enviado por email na tarde de quinta-feira e apontado como recebido pela assistente do Ministério Público no mesmo dia.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas