03 de março | 2014

Agora famílias acreditam no fim do pesadelo no CDHU III

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Agora, depois de uma reunião realizada na noite da quinta-feira, dia 27, no CRAS (Centro de Referência e Assistência Social), do Jardim Santa Ifigênia, na zona norte de Olímpia, os moradores das 109 novas casas do Jardim Augusto Zanrirolami, conhecido por CDHU III, mesma região da cidade, estão acreditando em fim de um pesadelo no qual se viram envolvidos.

Como se sabe, as famílias que foram “premiadas” em sorteio público com casas na parte nova do bairro entraram acreditando que viveriam um sonho. Porém, a realidade está sendo outra e agora estão vivendo um pesadelo.

Um dos motivos da desesperança é que alguns moradores foram notificados para no prazo de um mês, pagarem R$ 600 a um engenheiro para poderem dar continuidade à construção de um mero puxadinho no fundo da casa. Além disso, teve família que foi notificada a pagar multa no valor de R$ 1.500,11.

Não bastassem os problemas estruturais que restaram, os moradores estão enfrentando dificuldades com os valores das prestações que têm de pagar mensalmente.

Em quatro meses os valores que pagam já aumentaram até 37%. Mas assim como ocorreu com os mutuários do Jardim Village Morada Verde, na zona leste, obra construída com recursos do Governo Federal, a CDHU, que é vinculada ao governo de São Paulo, entregou as 109 novas casas com defeitos e muitos problemas estruturais. Aliada a tudo isso, a falta de segurança pública, ou seja, de policiamento preventivo no bairro, também é preocupações dos moradores. Por isso, as famílias não deixam as casas sozinhas temendo o que podem não encontrar quando retornam.

Cancelamento de multa não foi garantido por secretários

Mas se existe a promessa de ajudar na solução dos vários problemas estruturais das 109 novas casas do Jardim Augusto Zangirolami, conhecido por CDHU III, na zona norte de Olímpia, o cancelamento das multas já aplicadas aos moradores não foi garantido pelos secretários municipais, de Obras e Serviços, Renê Alexandre Galetti, e de Governo Paulo Roberto Marcondes.

Os dois representaram o prefeito Eugênio José Zuliani na reunião com os moradores realizada na noite da quinta-feira, dia 27, no CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) do Jardim Santa Ifigênia, mesma região da cidade, quando tentaram apagar o incêndio causado pelo desconforto imposto aos moradores que pretendem construir um puxadinho em sua casa.

A respeito das notificações, Rene Alexandre Galetti, diz que em todas foram atendidas a exigência de contratar um engenheiro para regularizar as plantas. Mas a anulação das multas aplicadas ainda não está garantida.

“Foram aplicadas 14 multas. Essa multa, as secretarias de Finanças e a de Assistência Social estão estudando uma maneira para ver se vai proceder. Os casos sociais que foram atendidos a informação é que serão canceladas”, avisa Galetti.

Na mesma noite o secretário de Governo, Paulo Roberto Mar­con­des, embora tenha chegado atrasado à reunião alegando que esteve em outro compromisso, também comentou a respeito dos problemas dos moradores: “Acho que tem algumas ações pontuais a serem feitas. Primeiro é fazer uma vistoria detalhada dentro do conjunto para fazer um relatório inclusive fotográfico, para cobrar a empresa”.

Sobre a questão da obriga­toriedade da contratação de um engenheiro para a regularização de plantas, mesmo que apenas para a construção de um puxa­dinho, Marcondes explica que é uma exigência que consta no Plano Diretor.

Por outro lado, ele também não garante o cancelamento das multas já aplicadas. No entanto, afirma que vai procurar uma brecha jurídica na lei que instituiu o plano diretor, isso através de um estudo que fará junto com o prefeito Eugênio José Zuliani.

Já a respeito do aumento das prestações, Marcondes explica que pelo que tomou conhecimento trata-se de valores referente ao pagamento do seguro do imóvel e que espera que a partir de março os valores voltem ao normal.

Secretários prometem solucionar problemas

Os secretários municipais de Obras e Serviços, Renê Alexandre Galetti, e de Governo Paulo Roberto Marcondes, prometeram esforços no sentido de solucionar os problemas estruturais das 109 casas do Jardim Augusto Zangiro­lami, conhecido por CDHU III, na zona norte de Olímpia, cujas chaves foram entregues aos moradores em novembro de 2013.

As promessas foram feitas durante e depois de uma reunião realizada com os moradores na noite da quinta-feira, dia 27, no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), do Jardim Santa Ifigênia, mesma região da cidade.

“Infelizmente nós tivemos duas empresas passando por essa obra. A primeira empresa fez 70% do serviço, fez toda a edificação e um dia levantou o barraco e foi embora deixando a Prefeitura na mão. Uma empresa que foi contratada para a finalização fez a pintura das residências, o muro de arrimo e parte da infraes­trutura, algum coisa que ainda não estava executada”, explica o secretário de Obras.

De acordo com ele, já foram consertados vários problemas apresentados nas casas: “Quando foram entregues as casas nós tivemos bastante ocorrência de vazamento e cheiro de esgoto. A gente tomou o cuidado de colocar no contrato dessa segunda empresa que ela se responsabilizaria por essas eventuais manutenções que ocorrem na entrega dos lotea­men­tos e todas as ocorrências foram sanadas”.

Segundo ele, houve casos em que chegaram a quebrar paredes. Houve inclusive troca de chuveiros, mas todos foram resolvidos. Além disso, informou que depois não teve mais notícias de problemas.

Sobre a parte elétrica explicou: “Houve muita reclamação da parte elétrica. Às vezes tinha alguma reclamação, a gente mandava o técnico lá e a pessoa havia ligado algum tipo de equipamento elétrico no fio do chuveiro que é um pouco mais grosso. A fiação, a parte elétrica, foi seguida a risca o projeto”.

Já sobre a fragilidade de janelas explicou que é obrigado a comprar materiais de empresas homologadas pela CDHU, mas disse que também foram trocadas as janelas e portas danificadas durante o período em que a obra ficou paralisada. “A obra foi entregue com tudo novo”, garantiu.

Depois da reunião explicou: “A Prefeitura vai resolver todos os problemas. Isso é uma obrigação nossa. A gente está aqui para cobrar dos responsáveis (pelo serviço realizado) e ajudar no que for preciso”.

Mas falta também a instalação dos aquecedores solares: “Estive na CDHU, conversei com o supervisor regional e ele mostrou uma planilha que Olímpia está contemplada pelo lote. A CDHU está com a licitação aberta e o primeiro lote de aquecedores solares vem para Olímpia. Isso deve acontecer por volta de 60 dias. Foi a previsão que o engenheiro passou”.

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