21 de abril | 2024

“Guerra dos Mil Povos” – um épico durante a nossa maior revolta indígena

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Guerra dos Mil Povos

A fundação de duas das mais importantes cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, está intrinsecamente ligada a um conflito ainda pouco lembrado na História do país, a nossa maior revolta indígena: a Confederação dos Tamoios. Esse embate, que viu décadas de grandes batalhas pelo atual Sudeste brasileiro, é pano de fundo para o novo romance do premiado autor Víktor Waewell, “Guerra dos Mil Povos”. As batalhas entre povos indígenas e colonizadores portugueses se deram, entre outros locais, em plena Baía de Guanabara, no Estuário de Santos e nas matas ao redor da então Vila de São Paulo, na segunda metade do Século XVI. Mesmo sendo uma obra de ficção, os principais acontecimentos e grande parte dos personagens são históricos, entre caciques, padres jesuítas e autoridades portuguesas, sempre com base em vasta pesquisa e com revisão pelos historiadores Gláucio Cerqueira e Náuplia Lopes. Em meio à reconstrução minuciosa do contexto, Waewell traça um enredo vibrante e declarado pelos leitores como impossível parar de ler, com destaque para uma história de amor em meio à guerra. Afonso, protagonista da obra, é um ex-guerreiro português que se apaixona por Aiyra, uma nativa em busca de vingança e completamente imersa no embate contra a coroa. A trama apresenta outros personagens igualmente cativantes, como Kaiyke, o irmão gêmeo de Aiyra, Sebastião, um templário que tenta enriquecer com o comércio escravista, e Heloísa, uma prostituta que decidiu nunca mais se deitar por dinheiro, com núcleos paralelos que envolvem amor e ódio, amizades e traições, e pitadas de humor. O estilo único da narrativa traz uma experiência vívida, como se o leitor estivesse nas cenas. Por meio de uma reconstituição histórica fidedigna, Víktor Waewell apresenta, com riqueza de detalhes, a ambientação e as especificidades do momento que permanece um dos maiores símbolos nacionais de resistência e preservação da cultura indígena. Da mesma forma, permite ao leitor familiarizar-se com o contexto em que se deu a criação de São Paulo, logo no início do conflito, e do Rio de Janeiro, fundada por Estácio de Sá como maneira de firmar autoridade sobre o território que, ao final da revolta, acabou conquistado. O livro tem 512 páginas.

 

Eu Não Nasci para Liderar: O Caminho Prático Para Ir Além da Gestão

A especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Roberta Perdomo, lança o livro “Eu Não Nasci para Liderar: O Caminho Prático Para Ir Além da Gestão”. Já parou para pensar sobre a ideia de que tudo o que aprendeu até agora sobre liderança é, na verdade, gestão? Se sim ou se não, entenda! Liderança e gestão não nos dizem a mesma coisa. Os conceitos são distintos, não se equivalem, e o desconhecimento tem provocado resultados inferiores aos que você pode obter no trabalho, com as equipes e em sua própria vida. Liderança é arte ligada ao ser, enquanto gestão é disciplina conectada ao fazer. Uma disfunção que tem gerado consequências limitadoras aos ambientes corporativos e à visão da própria entrega pessoal de quem “sai fazendo” em vez de “fazer com conhecimento”. Neste livro, Roberta Perdomo traz o olhar profundo e provocador de quem atua frente às lideranças de diferentes complexidades. A partir de experiências práticas e conexão proposital com outros autores, a autora propõe um caminho objetivo para respostas que ampliam a habilidade em liderar. Se precisa de clareza e de um caminho para liderar melhor, está no lugar certo! No livro o leitor encontrará respostas para alguns dos desafios de liderança que enfrenta hoje, caminhos para desenvolver o melhor do líder que há em cada um e maior poder de visão de onde cada um pode chegar ao perceber que habilidades subaproveitadas o mantém no mesmo lugar. Ao final de cada capítulo, o leitor encontrará atividades para desenvolver a sua liderança, e ao fazê-las se deparará com a expansão em ir além, que a obra propõe. Leia, absorva e aplique. É da Editora Luz de Propósito.

 

Unção do Rompedor

Este é um livro para aqueles cuja aflição parece não ter fim e cujas realizações parecem impossíveis de serem alcançadas. “Unção do Rompedor”, novo livro da profeta Ariane Iracet, é um alento aos cristãos que se encontram atormentados pela angústia e almejam a libertação divina para conseguir ter paz e atingir os próprios objetivos. Na obra, publicada pela Citadel Grupo Editorial, a autora apresenta exemplos bíblicos para ressaltar a importância de romper as barreiras que impedem de chegar mais longe. Entre as histórias narradas está a de Sara, que acreditava estar velha demais para gerar um filho, mas pela fé alcançou a maternidade. Segundo a autora, quebrar uma barreira é enxergar em Deus um meio para vencer as limitações, assim como fez Zaqueu quando Jesus visitou Jericó. A baixa estatura o impediria de ser visto em meio à multidão, então, subiu em uma figueira-brava para ser percebido pelo Senhor. Cobrador de impostos, conseguiu não apenas ser visto, mas ganhou de Jesus, além da unção e bençãos, a cura da avareza e uma nova vida, longe da corrupção. Por meio de exemplos bíblicos como estes, Ariane Iracet mostra aos leitores como é possível se libertar dos aprisionamentos, romper com as cadeias da injustiça, vencer causas difíceis e mais. Neste livro, o público cristão encontra as chaves para se desvencilhar do aprisionamento e alcançar o sucesso em diferentes áreas da vida.

 

Aquela Estranha Arte de Flutuar

Afinal, Nina é menino ou Nino é menina?  Venina, personagem criada por João Peçanha na obra “Aquela Estranha Arte de Flutuar”, traz esse questionamento em uma emocionante história que segue a tradição das melhores narrativas cheias de brasilidade que se tornaram best-sellers nos últimos anos. De forma singular, o autor aborda a fragilidade e a resiliência de uma jovem adolescente que, em conflito com sua identidade, viverá um período de intensas descobertas durante uma jornada de sobrevivência pelo interior nordestino. Criada pelo Padre Alceu da igreja de Riacho da Jacobina, Venina não tem certeza de seu passado, presente ou futuro, principalmente porque vive em um dos períodos mais violentos da história brasileira, a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), enquanto se esconde na pele de coroinha, que na época era obrigatoriamente um status para meninos. Para permanecer viva, a protagonista reprime os seus sentidos, inclusive os fisiológicos. E, embora seu tutor queira garantir que tudo fique como está, Venina, assim como muitas outras pessoas que são obrigadas a viver banidas de sua realidade, encontrará seu sentido. Seu destino se apresenta imerso a partir da circunstância totalmente inusitada de outro mistério: a origem e o rumo da bela grávida Carolina, que aparece na paróquia. Para proteger a identidade da mãe e da criança que ela carrega, o Padre Alceu convoca Nino/Nina a empreender com eles uma jornada penosa e arriscada em que segredos vêm à tona como se passassem a flutuar sobre a superfície. Mesmo que por caminhos tortuosos, com muitas nuances de violência, pobreza e injustiças, ao dar voz a Nina, o autor João Peçanha convida o leitor a se conectar as mazelas da personagem, mas sem perder a força do que lhe é representado. Com a capacidade de discernimento de uma adulta, ainda que em situações de aprendizado e de transformações, Nina entrelaça a ficção e a realidade para dar peso à transformação do feminino em meio a um universo que muito cerceia e pouco permite. Com 160 páginas, o livro é da Editora 106 Histórias.

 

 

 

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