20 de julho | 2014

Diretor nega risco de racionamento de água em Olímpia

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O diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, Antônio Jorge Motta negou nesta sexta-feira, dia 18, que, mesmo com a grande estiagem que está ocorrendo neste ano, está descartada qualquer possibilidade de um racionamento de água ou mesmo que o sistema possa entrar em crise por causa das condições climáticas.

“Olímpia não está em risco de falta de abastecimento por tais motivos (falta de chuva). A administração pública está atenta e trabalha diuturnamente para garantir a tranquilidade de seus cidadãos”, afirmou.

De acordo com ele, quanto ao rebaixamento do nível do lençol freático, “infelizmente, vem ocorrendo em todo o país, seja pelas construções que impermeabilizam os solos, seja pelo baixo índice de pluviosidade ou até mesmo pela exploração indiscriminada de á­gua subterrânea via poços semi-artesianos”.

No entanto, de acordo com uma informação publicada pelo jornal Diário da Região, recentemente, embora Olímpia seja conhecida por sua abundância de á­guas termais, o nível do lençol fre­ático está 35% mais baixo, o que reduziu a vazão de alguns dos 54 poços, porém ainda não houve problema de fornecimento.

Poços secos ou com vazão mínima, torneiras vazias, reservatórios com níveis baixos. Esses são os efeitos da seca que já apareceram no sistema de abastecimento de sete cidades da região. Segundo o jornal, o problema atinge Olímpia, Bebedouro, Severínia, Guapiaçu, Monte Azul Paulista, Monte Apra­zí­vel e Ipiguá. Sem chuva desde maio, esses municípios estão com o fornecimento de água comprometido ou próximo disso.

TORNEIRAS SECAS

Em Severínia as consequên­ci­as da estiagem já chegaram às torneiras e no bolso do poder público. Um poço da cidade teve de ser fechado porque estava secando. Agora, para atender a de­manda, a prefeitura começou a construir novos poços.

“No mês passado, a produção de um dos poços caiu de 19 mil litros para 4 mil litros/hora. Então começou a faltar água em alguns bairros. Tivemos de perfurar outro”, disse Márcio Arnaldo Sique­i­ra, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).

Mesmo assim, alguns bairros ainda sofrem com a falta d’á­gua. É o caso da Cohab 4. Cerca de 2 mil moradores convivem diariamente com a escassez do líquido essencial para a sobrevivência humana. Todos os dias, das 10 horas até por volta das 17 horas, a água acaba.

Em Guapiaçu, a seca também chegou às torneiras. Nos fins de semana, quando a maioria da população lava quintais, carros e roupa, falta água nos bairros Co­ha­b e São José. “Dá uns picos de água, mas em poucas horas se restabelece. É coisa pontual. Não a­contece como em São Paulo que demora para repor”, diz Vagner Ta­dini, engenheiro da Prefeitura.

Para resolver a situação, o município está estudando o secciona­men­to da rede e o aumento no número de poços – hoje a cidade conta com 18. “Os bairros começaram a crescer muito rápido. Nós calculamos 5 mil habitantes por loteamento, mas muitos estão com mais moradores, como a Co­hab, por exemplo”, afirma o en­ge­nheiro.

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