16 de setembro | 2012

Caso de atropelamento de carrinho de bebê expõe “Lei da Mordaça” na UPA

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O caso do atropelamento de um carrinho de bebê registrado pela Polícia Militar na noite da quarta-feira, dia 5 de setembro, acabou por expor o que se pode chamar de verdadeira "Lei da Mordaça", que teria sido implantada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que, embora funcione através de prestação de serviços terceirizados, é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de Olímpia.

Esta situação vem endossar matéria publicada por este jornal quando um bebê de Altair morreu na Unidade e que foi motivo de várias investidas do prefeito contra este jornal, inclusive de pedido de investigação endereçado ao Ministério Público.

A chamada "Lei da Mordaça" acabou se confirmando mais uma vez, principalmente no caso desse atropelamento. Isso porque os funcionários que atuam na UPA, segundo foi noticiado à época, fizeram bastante esforço para que a situação da saúde da vítima, no caso um bebê, não fosse divulgada.

Nesse caso a negativa da informação foi para a própria emissora de rádio que, segundo consta, estaria sendo controlada pelo grupo político do prefeito Zuliani, no caso a rádio Difusora AM.

De acordo com que foi divulgado pelo radialista Valter Carucce, que há décadas trabalha na emissora, embora os ferimentos tenham sido caracterizados como leves, segundo a Polícia Civil, na manhã do dia seguinte (quinta-feira) funcionários da UPA se negavam a prestar informações sobre o estado de saúde da criança.

Segundo Carucce, que informou ter feito várias ligações telefônicas à UPA, em todas as vezes o funcionário que atendia a ligação passava para outro e este também para outro diferente, chegando, por fim, a não conseguir a informação que necessitava.

MOTORISTA

QUASE LINCHADO

Como se recorda, o fato que gerou a reclamação do radialista ocorreu porque o metalúrgico Antônio Souza, de 64 anos de idade, que chegou a ser ameaçado de linchamento depois de ter atropelado um carrinho de bebê. Ele foi salvo pelos policiais militares sargento Otoniel e soldado Fábio, que conseguiram contornar o problema.

A situação foi registrada no cruzamento da Rua Theodomiro Joaquim Bitencourt com a Rua João Ramon, no Jardim Paulista, zona leste de Olímpia, no início da noite da quarta-feira, dia 5 de setembro, por volta das 19h15.
De acordo com a polícia, o pedreiro Eduardo Ribeiro da Silva, morador da Rua Manoel Eduardo Pereira, número 276, no Jardim Santa Fé, mesma região da cidade, caminhava com sua esposa empurrando o carrinho com sua filha, bebê de apenas 9 meses de vida, quando surgiu o Voyage conduzido pelo metalúrgico.

Ao tentar fazer a conversão na esquina, mas de forma fechada, acabou atingindo o carrinho e consequentemente jogando a bebê ao chão. Consta que populares que acompanharam a situação queriam agredir o metalúrgico, mas foram contidos pela polícia.
Ainda consta que a bebê, que bateu com a cabeça no chão e sofreu lesões nas pernas, foi socorrida até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde foi medicada e permaneceu internada em observação.

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