17 de março | 2013

Vivaldo Mendes um voluntário caro na Santa Casa?

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Do Conselho Editorial

O mito do voluntariado, do serviço generoso e gratuito do Senhor Vivaldo Mendes à frente da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia começou a vazar água.

Mesmo que tenha prestado este serviço ao longo do tempo, ao ser nomeado para o exercício de uma função remunerada naquela instituição que passa por dificuldades econômicas, a impressão que fica para alguns é que acreditar na hipótese de ter doado generosa e gratuitamente seu tempo a favor da sociedade entra em dúvida.

Fica muito mais fortalecida a dúvida à medida que o salário que se cogita pode estar recebendo dos cofres da instituição que vive de contribuições da sociedade, se especula está entre cinco e dez mil reais, o que seria um absurdo para a realidade do mercado de trabalho local.

Vivaldo Mendes transitou por vários setores da Prefeitura servindo o governo de Eugênio José desde o início em cargo de comissão, foi ejetado neste mandato do cargo em comissão que exercia na Prodem após ter tapado buraco em vários outros.

Traduzindo o que está acima descrito chegar-se ia a conclusão de que o ex-comissionado e apoia­dor da campanha de Eugênio José, preterido para funções administrativas no governo municipal ganhou como prêmio de consolo atuar na Santa Casa local, onde, diga-se de passagem, até bem pouco tempo vendia a ideia do bom samaritano que trabalhava gratuitamente em prol da coletividade, o que pode e deve ser verdadeiro.

No entanto, a imagem fran­ciscana do grande cidadão que deixa seus afazeres familiares e sociais para se doar em prol do bem comum, quando exposta e comparada com a realidade presente que vive o ex-comissionado Vi­val­do, de alto executivo que ganha uma soma milionária de um hospital que cerra vagarosamente as portas e presta um serviço de qualidade duvidosa se comparado ao que prestava no passado, fica nebuloso o entendimento.

A grande maioria que vê o governo de Eugênio Zuliani como uma mescla de populismo ditatorial e demagógico que premia os próximos e incha a máquina pública com salários altos e benesses para os privilegiados, não entende que um ex-cargo comissionado de salário milionário iria deixar o poder para ganhar menos do que ganhava no cargo de Diretor da Prodem.

Principalmente quando se anuncia que a soma do salário é vultosa até para executivos que prestam serviços para empresas de grande porte no município.

Caiu o mito do homem que se dedicava por amor à filantropia, pelo menos o que se ouve do clamor das ruas são dúvidas, dúvidas e dúvidas, sem contar que ficou evidente e patente o que era negado, a intromissão do grupo de Eugênio na Santa Casa.

Fica também a sensação de uma participação pífia do provedor Mário Montini na administração da entidade, dando a impressão de que é apenas um figurante neste teatro do absurdo que se encena no hospital.

A instituição vai fechando cortinas, neste último e decadente espetáculo onde os expectadores pelo mau desempenho dos atores sociais, imaginam que o hospital virou uma grande lavanderia com enormes varais para sustentar um cabide enorme de empregos, tão grande quanto o instalado na Prodem que abrigava próximos do chefe do Executivo.

Com a pequena diferença de que neste varal de empregos o primeiro a ser pendurado é exatamente o que o inconsciente coletivo imaginava que fosse o pen­durador da autarquia local que cuidava do trânsito e que agora transita pelas notas milionárias que receberá da Santa Casa todo mês, onde antes trabalhava, segundo ele com garra, disposição, com amor e gratuitamente, razão mais que suficiente para se concluir que poderia trabalhar lá por um salário menos salgado do que se imagina pode estar a receber por lá.

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