14 de agosto | 2016

Olímpia pode virar cidade fantasma?

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Do Conselho Editorial

Vêm crescendo entre empresários e tem atingido o debate eleitoral a ideia de que a cidade de Olímpia possa vir a ter o destino de Caldas Novas ou da vizinha Ibirá.

Ambas as cidades, no passado eram respeitadas pelo contingente de turistas que recebiam por conta dos atrativos que dispunham.

Embora não sejam semelhantes no que se relaciona ao tipo de clientela, ou mesmo a água, atrativos, equipamentos, que motivaram a alta frequência às instalações dos parques termais destas cidades.

Em síntese, considerados os períodos e a grandeza de cada empreendimento pode se afirmar que se identificavam no tocante a visualização de futuro próspero, alavancado pelo empreendedorismo alavancado pelo turismo.

Todos os olhares dos investidores da região e de longas distâncias se voltaram, no momento de maior evidência tanto para Caldas Novas, quanto para Ibirá, se vislumbrava progresso, progresso, progresso, e em consequência a prosperidade dos municípios e dos munícipes.

Passado o grande boom, o que resta dá bem a conta de que não foi bem isto o que aconteceu, e nem é o que está acontecendo.

 Se não se encontram estas cidades com grandes dificuldades, não dão mostras de que o que foi discutido, prometido, não ocorreu como esperado, e ao que tudo indica, não ocorrerá mais.

O sucesso estrondoso e as promessas de grandes ganhos nos investimentos ofertados aos que observavam naquelas estâncias turísticas se transformaram em dores de cabeça para alguns, prejuízo para outros ou um sonho de verão que culminou em uma tempestade de insensatez e perdas econômicas.

Olímpia já dá mostras evidentes em alguns empreendimentos, de que não haverá, pelo menos em curto espaço de tempo, retorno financeiro compatível com o aplicado ou proporcional ao que foi prometido.

Esta visão que vai se alastrando entre moradores e empresários, que se encontra em várias páginas na internet, que geram queixas e reclamações de investidores que se sentiram logrados e que tiveram perdas na tentativa de adicionar ganho ao seu patrimônio investindo por aqui.

Uma rápida consulta sem compromisso a setores estratégicos da rede hoteleira, pousadas e bares e se dá conta que este período de férias não mostrou efetivamente um grande aquecimento no mercado ofertado pelo turismo.

Ao contrário, mostrou-se morno, lógico que pode ter contribuído para isto a proximidade das olimpíadas, a situação econômica do país e uma série de outros fatores.

Porém, nos próximos anos serão colocadas à disposição para os turistas mais um número sem fim de acomodações na rede hoteleira e nos “aparts” que estão sendo construídos, alguns, em quase fase final de acabamento e outros prometidos para entrega em breve.

Ocorre, que se não ampliar a procura por turistas destas acomodações em razão da diminuição, ou mesmo estagnação do número de reservas no patamar que hoje se encontra, estas vagas apenas representarão prejuízo aos seus investidores.

Muitos dão conta que a situação atual se não é de esgotamento do setor é de início de saturamento que obrigaria procura de novos atrativos e ampliação do Thermas e dos concorrentes de forma a possibilitar frequência que possibilite um nível satisfatório que concilie as duas pontas do mercado, investimento e retorno garantido, o que parece não tem ocorrido, pois todo investimento acaba sendo baseado apenas num único atrativo: o Thermas.

Caso isto não venha a ser debatido pelos interessados, no momento em que a questão está sendo posta, depois, como sempre ocorreu por aqui, terá sido muito tarde e mais uma vez o bonde da história terá se perdido, por inépcia, acomodação e falta de planejamento, falta de projeção do futuro em bases reais e sólidas.

Em se discutindo esta vertente que ora pondera sobre estas necessidades, há que se premiar outras que se não visualizam o cenário dantesco que o esfriamento econômico do turismo pode provocar em Olímpia, transformando-a em uma cidade fantasma já existe a que entende que a parte que Olímpia era sem o Thermas já começa a ter estes ares fantasmagóricos.

Quem andar no entorno do Thermas, a região que o cerca já parece parte de uma outra cidade moderna e atrativa e a cidade propriamente dita parece perdida no tempo, anos cinquenta.

Conserva ares tradicionalistas e fora do circuito que conduz o turista ao Thermas e até este circuito tem ares de abandono, de desmazelo, nada condizente com uma cidade turística.

Parece aquela dona de casa não muito afeita aos trabalhos domésticos que quando recebe uma visita fica o tempo todo se justificando através da falta de tempo a bagunça da sala, dos quartos, dos quintais por varrer e as roupas sujas esparramadas pelos cantos.

Olímpia, atualmente parece bem isto, uma cidade turística com cara de tudo, menos de cidade turística. Quem desejar conferir, basta ir a algumas cidades, que não são turísticas na região, para perceber o abandono em que esta cidade que se diz turística se encontra.

E a parte onde ela é turística, verdadeiramente parece bem cuidada. Faltou tato à administração de que a cidade deveria ser turística como um todo.

E se não for buscar sua vocação em algum ramo de atividade que gere emprego e renda para os seus habitantes, pois da maneira como a cidade se encontra, com certeza, se houver crise no turismo, estará fadada a ser mais uma cidade fantasma como tantas por ai que começaram um sonho que poderia ser maravilhoso, mas não conferiram realidade a ele e o que era sonho em pesadelo transformou-se.

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