20 de março | 2016

Olímpia e as enchentes do governo de Eugênio

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Do Conselho Editorial

Eugênio José, prefeito de Olímpia, em inicio de decadente final de mandato, deixa a cadeira com muitos dos problemas que se dispôs a resolver durante o período que administrou a cidade, da mesma maneira que encontrou ou pior.

Foram gastos milhões em busca de algumas alternativas para algumas questões e a falta de criatividade, aliada a incapacidade administrativa, deixaram as questões no mesmo patamar ou em condições mais infelizes muitas das questões debatidas nos palanques da primeira eleição de Geninho.

A saúde pública que era claudicante no governo de Zé Rizzatti, mas funcionava com um orçamento muito reduzido em razão do orçamento estar, chutando, perto dos trinta milhões anuais e que consumindo 25% por cento do orçamento gastava, diga-se a título de ilustração, sete milhões.

No governo Carneiro o orçamento anual chegou a quase ou mais de 70 milhões anuais que permitia gastar, também no chute, algo em torno de quase vinte milhões ao ano.

Geninho, dois mandatos de vereador nas costas, no último antes de se candidatar gritava a saúde comandada pelo prefeito, vice e Secretário da Saúde, médicos, e no palanque afirmava que em quatro meses resolveria o problema.

Hoje, orçamento com previsão de duzentos e três milhões, com cinquenta milhões ao ano aplicados na saúde e Geninho conseguiu instalar um caos muitas vezes pior que Rizzati e Carneiro juntos.

Para se ter uma ideia, a cidade de Rio Preto, com quase quatrocentos mil habitantes, tem um orçamento anual da ordem de um bilhão e duzentos mil, o que significaria em porcentagem uma saúde com recursos com menos de 30% do orçamento de Olímpia e cujo atendimento a população olimpiense que conhece, sabe que é de qualidade muitas vezes mais qualificado e eficiente do que é fornecido pela administração local.

Aqui, tudo é caro e nada parece funcionar, a impressão que se tem é a de que os anos de mandato de vereador de Eugênio serviram como um “desaprendizado”, como um curso para não se aprender nada.

Outro exemplo claro disto é o absurdo que parece ser o custo da reforma da rodoviária, são orçamentos altíssimos que chegam próximo ou ultrapassam a casa do milhão e a rodoviária com cara de estação de corruptela.

Os famosos trevos da Harry Gianechini, da rotatória perto do Posto Califórnia e da ponte do Clube de Campo custaram fábulas ao poder e são obras que envergonham qualquer engenheiro de favela, aqueles que constroem casas com geladeiras velhas e palletes e fazem melhor, mais funcional e mais bonito.

As lombadas são uma verdadeira piada de mal gosto plantadas no asfalto, a da Rua Síria que já foi feita e refeita por diversas vezes faz carro antigo e sem manutenção corar  tamanha a falta de noção que aquilo é.

E perder-se-ia, em inúmeros casos em que o pássaro João de Barro demonstra mais sapiência e conhecimento de arquitetura que muito metido a sábio por ai, contumaz construtor de obras cujas utilidades se mostram mais comprometedoras das facilidades do que auxiliam positivamente a vida dos cidadãos.

E ai, chega-se às inevitáveis enchentes sempre no mesmo ponto há décadas, e se gasta dinheiro, e se gasta dinheiro, e não tem uma mufa, uma cabecinha que seja como sede do intelecto, que fosse do tamanho de um grão de ervilha para pensar humanamente nas famílias que amargam perdas nas mesmas regiões.

Um absurdo que Wilquem Neves, antes deste período de tecn­olo­gias, de internets, de computadores sofisticados tenha conseguido resolver a questão das enchentes com uma simples e bem cuidada represa, e hoje com todo aparato tec­no­lóg­ico a cidade sofre com enchentes na mesma região de sempre.

Só pode haver uma razão para que isto continue ocor­rendo, razão esta que pode ser dividida em duas a gosto do freguês ou da exigente clientela.

Ou há muita má vontade política para se buscar uma solução ou este desgoverno que caminha para o triste crepúsculo é mesmo muito incompetente.

Podem escolher a vontade.

 

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