14 de junho | 2015

O que Olímpia fez pra ter uma explosão econômica e imobiliária?

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Do Conselho Editorial

O empresariado olimpiense deveria estar se perguntando há muito tempo sobre o que levou Olímpia a esta repentina explosão imobiliária e econômica que foi construída depois da instalação do governo de Eugênio José.

Antes, ou até então, a cidade não passava de uma pequenina cidade que se arrastava através dos anos buscando sua vocação econômica, vivendo da agricultura, da Usina, do turismo, pequenas indústrias e comércio.

Nada que a diferisse das cidades do seu porte, nenhuma inovação ao longo de seus mais de cem anos de existência, afora as tradicionais mudanças de um setor econômico para outro, do café para a laranja desta para a cana e esta em harmonia com o turismo.

No governo de Carneiro uma queda de braço entre o Poder Executivo e o Thermas dava demonstrações de que o turismo demoraria a ser o grande gerador de futuro, visto a pouca atenção voltada para o segmento, mesmo que internamente já se discutisse que era a bola da vez do crescimento local.

Tudo corria dentro da bitola estreita do lugar comum, nada muito significativo ou que demonstrasse o surgimento de uma grande frente para onde se locomoveriam grandes expectativas de crescimento.

As indicativas eram de que seriam dados pequenos passos na direção do futuro e que a cidade chegaria lá em questão de anos.

No entanto, no início do governo de Eugênio houve uma explosão de otimismo e a cidade começou a ser vendida como se fora uma das mais prósperas e mais rentáveis da região no setor imobiliário e na área de turismo.

Muitos empreendimentos foram anunciados, o governo federal e estadual investiram na cidade em determinados períodos.

O que sem nenhuma sombra de dúvida é algo que pode ser considerado fenomenal, uma marca nunca antes alca­n­çada por governo nenhum que administrou a cidade.

Muitos loteamentos, alguns deles levados a efeito por pessoas próximas do alcaide, e pe­la própria prefeitura, como foi o caso do Jardim Centenário.

E em quase todos eles, nem se lançava a idéia e já se anunciava que houvera sido vendido a maioria dos lotes.

A cidade se transformou em um canteiro de obras, com inúmeras placas espalhadas pelo seu território.

Tudo indicava uma cidade onde investir era sinônimo de lucratividade alta, principalmente em imóveis.

Preços de casas e terrenos alcançaram patamares que dei­xavam boquiabertos cidadãos olimpienses que nunca ti­nham vivenciado algo parecido.

Os aluguéis chegaram a patamares inconcebíveis chegando a ser um dos mais altos da região, sem contar que não se encontrava casas para se alugar.

Muitas residências foram transformadas em pousadas, o próprio Clube Termais aconselhava que os olimpienses transformassem suas residências em pousadas em razão da falta de quartos na cidade a época.

E o grupo de Eugênio entrava na onda de estimular a idéia de que um fenômeno sem par ocorria na economia olimpiense, através de suas inúmeras obras, discursos, e anúncios de aeroportos, Play centers e outras jogadas de marketing.

Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca termine.

Uma cidade que passou vários anos tentando alcançar a marca de cinqüenta mil habitantes repentinamente se transformou da noite para o dia no Eldorado.

Hoje, segundo o Wikipédia, baseado nos dados do IBGE de 2010, que pode não estar atualizado, Olímpia, um município brasileiro do Estado de São Paulo conta com 5024 habitantes.

Em 26 de abril de 2011 um blog local anunciava que Olímpia não havia atingido a marca dos 50 mil habitantes, o que impediria mais vantagens econômicas para o município, entre outras coisas.

O prefeito Eugênio, à época, pediu nova contagem e o milagre da recontagem provocou a multiplicação de habitantes.

Houve marchas e contra marchas na contagem e Olímpia acabou contabilizando no final da polêmica mais de 50 mil habitantes.

Tudo fruto da idéia de uma cidade crescente e pujante que corria célere na direção do futuro, só noticias coloridas e positivas.

Mudou a realidade, o cenário de sonho começa a se desfazer, a virar fumaça, sonho.

Quase duas mil casas populares a mais, muitos loteamentos e nunca ninguém se perguntou o que foi feito economicamente, que mágica, afora a presença do Thermas, foi levada a efeito para que houvesse esta explosão econômica e imobiliária?

Afora buscar emendas parlamentares e inchar a máquina pública ao limite da irresponsabilidade o que o governo de Eugênio levou a efeito em termos de política pública que pudesse ser traduzido em crescimento real?

As notícias de recrudescimento da economia local aliado a notícia de que a justiça local cancelou 541 títulos eleitorais deixa a suspeição que a ampliação do número de habitantes da cidade fez parte das seduções e encantos de quem está no poder e fez uso para mostrar uma realidade dourada inexistente.

Não é normal, nunca foi normal, que tantos olim­pienses, não tenham, em uma cidade tão pequena, cumprido uma obrigação que traz tantos problemas à sua vida futura.

A época do pedido de re­con­tagem para se alcançar 50 mil habitantes, os próximos do poder davam como certo que a cidade atingiria a marca desejada, e agora com este número de títulos cancelados a sensação que se tem, soa estranho, como tantas outras coisas, mais esta que se incluem a outros segredos de bastidores que não se consegue interpretar, e que dia mais dia ou menos dia virão a luz do sol.

Entre eles, a resposta ao que não quer e não pode calar. O que de fato Olímpia e seus administradores fizeram para que acontecesse na cidade em tão pouco tempo uma tão inexplicável explosão econômica e imobiliária?

 

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