31 de outubro | 2016
UPA já pode estar custando R$ 25 milhões para Olímpia
Mesmo com a contratação ainda em fase de investigação pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) e sem dar o resultado que a população esperava, o prefeito Eugênio José Zuliani pode já ter gastado mais de R$ 25 milhões para a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cuja responsabilidade, pelo menos por parte dela, é da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Gepron (Gestão de Projetos da Noroeste Paulista), cuja sede é Araçatuba.
Até setembro de 2014 o custo apurado pela reportagem desta Folha, fazendo consultas a dezenas de edições do Diário Oficial do Estado (DOE) e Imprensas Oficiais do Município (IOM), já estava em aproximadamente R$ 19,5 milhões.
Dessa data em diante, foi verificado mais um extrato de aditivo, o número 6, no valor de aproximadamente R$ 1, 4 milhão, referente ao primeiro trimestre de 2015. Depois, aparece o extrato número 11, também no valor aproximado de R$ 1,4 milhão, este que foi publicado na página 15 da IOM do dia 15 de outubro.
Dessa forma, ficam faltando quatro extratos de aditivo que a reportagem não conseguiu localizar. Assim sendo, pode se chegar à conclusão que pelo menos mais R$ 5,6 milhões já tenham sido gastos pelo prefeito, caso tenha sido mantida a margem de R$ 1,4 milhão por trimestre.
Como se recorda, inaugurada no dia 30 de junho de 2012, às vésperas do início da campanha eleitoral daquele ano, que visava a reeleição do prefeito Eugênio José Zuliani, a UPA era vista como uma forma de demonstrar, inclusive, que a cidade poderia sobreviver sem a Santa Casa de Olímpia.
De acordo com o que a reportagem desta Folha da Região apurou em dezenas de edições do Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE), desde meados do ano de 2011, o total investido pela Prefeitura Municipal de Olímpia, no que seria a solução para os problemas hospitalares da cidade, desprezando-se os centavos, já teriam sido gastos R$ 19. 493.017, desde o início do projeto até pelo menos ao final deste ano, segundo está previsto.
Durante o trabalho que durou aproximadamente uma semana, a primeira publicação encontrada é do dia 5 de agosto de 2011, reportando à Dispensa de Licitação número 39/2011, relativa a um contrato de parceria com a Gepron no valor de R$ 446.536,09.
Na publicação consta que o objeto era a formação de vínculo de cooperação por meio de Termo de Parceria, com vistas à realização de atividades de interesse público, para executar o Projeto de Assistência à Saúde, cujo responsável é Olavo Silva de Freitas.
Cerca de seis meses depois, no dia 4 de fevereiro de 2012, um extrato de contrato indicava a contratação da Gepron para implementar a UPA em Olímpia, propriamente dita, no valor de R$ 2.781.419,09.
Mas assim que a UPA foi inaugurada, pouco mais de 20 dias depois, ou seja, no dia 21 de julho de 2012, aparece o Extrato do Aditivo nº 01 Termo de Parceria 003/2012, no valor de R$ 494.482,79.
Mas em 19 de janeiro de 2013, pouco mais de seis meses após entrar em funcionamento, aparece o Extrato do Aditivo nº 02 Termo de Parceria 003/2012, no valor de R$ 3.776.282,07. Dias depois, em 23 de janeiro, aparece o Extrato do Aditivo nº 02, agora no valor de R$ 3.952.783,07.
Mais alguns dias, também em janeiro de 2013, mas no dia 29, aparece o Extrato do Aditivo nº 02 Termo de Parceria 003/2012, no valor de R$ 4.922.492,07.
Mas a publicação então mais recente não foi no Diário Oficial do Estado, mas na Imprensa Oficial do Município (IOM), no valor de R$ 3.184.023,52 referente ao Extrato do Aditivo número 05, que foi publicado na página 13, do dia 6 de setembro de 2014.
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