08 de dezembro | 2019
Nada mudou e nada vai mudar nesta Olímpia de chupins e sanguessugas
“Para que enxergar além dos olhos? Seria insignificante o dom de ver além do que tentam impor como verdade? Mas, será que é inútil a tese que prevê que para mudar tudo não é preciso mais do que uma simples palavra? Será que esta teria o poder de acabar com todas as máculas, de promover a paz entre todos? Mas como? Poucos a escutam, apenas alguns conseguem decifrá-la e nem aqueles que a pregam, aqueles que acreditam nela, a praticam”.
Mestre Baba Zen Aranes.
A HISTÓRIA
… da politicagem em Olímpia parece ser muito fácil de entender, eis que pode ser vista como imutável em sua estrutura, sendo diferente apenas nas circunstâncias de cada momento.
EM OLÍMPIA …
… ao que parece, nunca existiu esquerda ou direita, nem centro esquerda, nem centro direita, “centrão”, centrinho ou qualquer tipo de classificação sociológica ou política.
PARECE NÃO …
… importar quem seja o protagonista. O que se entende como necessário é a perpetuação de uma classe dominante formada por pequenos grupos que sempre se locupletaram, que sobreviveram se ajudando mutuamente e mantendo uma espécie de casta burra, mas que tem a capacidade de enganar, enganar e enganar.
ESTES GRUPELHOS, …
… com o passar dos anos, foram recebendo novos membros, novos integrantes e abrigando os forasteiros que conseguiam enxergar esta confraria às avessas, que tem vários de seus membros integrando esta espécie de irmandade dominadora.
DESCENDENTES DOS …
… coronéis e seus amigos, dos grandes fazendeiros, enfim, de uma elite e sua vassalagem, que viveram de sugar o que poderia ser público mas sempre foi privativo de uma pequena parcela que domina sem saber, mas que tem seus interesses entrelaçados de forma vicária, criando realmente um grupo gigante, ligado umbilicalmente pela necessidade de sobreviver sem ter que produzir, mas pequeno em relação a classe dos escravos que, embora sendo a grande maioria, foram enganados durante este mais de um século de sua existência.
SEM QUALQUER …
… tipo de princípio político, não importando qual seja a teoria a se enquadrar, mas navegando conforme a maré, este grande grupo de farinhas do mesmo saco continuou atuante e sobrevivendo até durante a assunção ao poder de seres de outros planetas, quer dizer de outras cidades.
PASSA GOVERNO …
… e entra governo, são sempre os mesmos, ou seus descendentes, ou seus sucessores, que continuam impregnando a coisa pública como se carrapatos fossem, sugando o sangue da boiada humana.
COM O ATUAL …
… mandatário, voltamos um pouco mais no tempo, eis que este é representante direto da elite que comanda o todo, que foi para o ‘exterior’ aprender sobre a vida, mas voltou com as mesmas ideias de seus antecessores, mais atrasado que os que sucedeu no que diz respeito à aversão aos escravos mais pobres e ao mandonismo coronelista com intensidade tal que deve ter testemunhado apenas em sua infância e adolescência.
PORTANTO, …
… não importaria quem, nem qual o nome a postular o cargo maior, o grupo de chupins do erário continuará sendo o mesmo, com alguns descansando e outros voltando, mas todos do mesmo espectro não político, mas da politicagem, os farinhas do mesmo saco.
ESTE TRISTE …
… “insight”, visão, ou sensação, vem à mente como forma de explicar esta situação que tentam fazer parecer como de disputa acirrada, mas que nunca teve o ciclo rompido. Sempre vêm e voltam os mesmos membros de um grupelho de sanguessugas que sobreviveram e sobrevivem deste clã de descarados seres que se alimentam do sangue e da vida dos mais pobres.
E TUDO VEM …
… à tona no momento em que se travam fingidas batalhas de bastidores onde se sabe que o que importa agora não é mais apenas o poder de subjugação da grande massa, mas também o da manutenção e ampliação das benesses que proporciona o turismo como a melhor forma de se perpetuar num sistema econômico instável e de futuro incerto, onde a fome e o desemprego podem ser os grandes entraves à própria sobrevivência da grande maioria.
COM CERTEZA, …
… o teatro mambembe está armado e vários palhaços disputam o picadeiro para fazer este povo sofrido rir e rindo da própria alegria proporcionada, enquanto entregam o seu próprio sangue a um grupo de parasitas que não tem qualquer tipo de escrúpulo e amaina qualquer sentimento de culpa com o ditado que prega que sempre os fins justificam os meios, ou mesmo que é uma questão de sobrevivência num mundo selvagem cheio de matilhas destruidoras.
José Salamargo – entrando no ciclo “setentenário” desiludido e temeroso de que seus descendentes herdarão um mundo que é uma verdadeira interrogação, mas, com certeza, habitado por seres cada vez mais inescrupulosos e que não têm um pingo sequer de amor ou de sentimento de irmandade com a maioria de seus concidadãos menos favorecidos, material e espiritualmente, e que não tiveram nem o direito de aprender a refletir para perceber que não vivem, vegetam, numa escravidão castrante que os transforma em meros zumbis desde o primeiro respiro até o último suspiro.
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