13 de fevereiro | 2022

Cenário político aponta para grandes escândalos.

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“O mito ensina que o excesso de vaidade e falta de empatia pelos
outros podem ser prejudiciais e muitos dos políticos
locais não conseguem ver senão a si próprio”.

 

Do Conselho Editorial

Pelas últimas situações vivenciadas na política local é de se prever que a próxima corrida eleitoral em busca da cadeira de primeiro mandatário vai estar recheada de escândalos.

Pelo nível de discussão e comportamentos dos atuais vereadores, afora as exceções, pode se permitir imaginar que muitos escândalos ocorrerão até 2024.

Pelas conversas nas rodas de politiqueiros, alguns nomes despontam como possíveis pretendentes a ocupantes do cargo de prefeito.

Nem todos conseguirão se viabilizar política ou eleitoralmente até lá.

Afora os que se colocaram na disputa na última eleição e que são nomes que podem voltar a disputar o pleito,o prefeito Fernando Cunha, não podendo ser reeleito, estará fora da disputa.

Seu vice-prefeito por dois mandatos poderá, se desejar, colocar seu nome a apreciação do eleitor na condição de prefeito, se preencher os requisitos, já que não pode mais ser reeleito vice por ter sido eleito por dois mandatos.

E a lista avança por Hélio Lisse Junior, Márcio Iquegami, Zé Kokão, entre outros.Havendo nos setores evangélicos uma ou outra manifestação favorável ao nome de Edna Marques.

Natural que estes são os nomes que despontam nas conversas de politicagem, assim como de outros personagens que disputaram eleições e são sempre lembrados como possíveis candidatos.

Destes se destacam Hilário Ruiz e Valter Gonzalis que não demonstram nenhum desejo de retornar às disputas eleitorais.

E outros afiam lanças e preparam os bodoques para uma disputa que promete ser bastante aguerrida, belicosa, caso persista a polarização atual em que os gabinetes do ódio criam factoides e Fake News que retiram do calendário político as propostas e coloca a mentira como elemento principal de discussão.

Se o cenário for beligerante, alguns dos que têm a pretensão e estão à frente de algum cargo público, mesmo que não se atentem, estão construindo um dossiê a ser utilizado em seu desfavor em 2024.

Não há como duvidar que a privatização daProdem não será utilizada nas eleições de 2024.

Para que não paire dúvidas sobre as diferenças entre privatização, concessão e PPP (Parceria Público-Privada) que fazem parte do mesmo universo, o que explica as frequentes confusões entre os modelos.

Em linhas gerais, trata-se de diferentes formas que permitem ao Estado transferir a prestação de serviços, que costumam ser oferecidos pelo setor público, para a iniciativa privada. Privatização e concessão são tipos de desestatização.

A PPP, por sua vez, é uma modalidade de contrato.

A explicação é devida aos que acham que porque houve a extinção da Prodem não haverá continuidade dos trabalhos.

Não só haverá como já estão sendo contratados (as) pela iniciativa privada ex-funcionários da extinta Prodem para prestarem os mesmos serviços para a empresa privada ganhadora da licitação.

E não decepcionando o eleitorado que não acredita na classe política, o primeiro escândalo envolvendo as contratações já veio à tona mostrando que há indícios de que só mudaram as moscas.

E a extinção que permitiu a privatização da Prodem, em tempos de rede social, fará parte do dossiê que os que se opõe a algumas candidaturas farão para mostrar quem entregou a Prodem de mão beijada para a iniciativa privada.

Com a entrega do Daemo, a exposição dos políticos favoráveis a privatização tende a ser muito maior, pois não há mágico suficiente para prever qual será o custo da água imposto ao morador de Olímpia em 2024.

Uma certeza pode se afirmar enquanto quase absoluta, não será barata a tarifa de água e há razões mais do que suficientes para se concluir que os responsáveis pela votação serão cobrados na urna.

Segundo estudo, enquanto as companhias privadas têm a tarifa mais cara, os serviços municipais praticam a mais barata.

As tarifas de água adotadas por companhias privadas são mais caras quando comparadas aos valores praticados por serviços municipais e companhias estaduais de saneamento.

A afirmação faz parte de estudo da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), que apresentou o ranking de municípios submetidos às maiores tarifas.

Somado a estas questões os escândalos que ocorrerão daqui até 2024 e alguns já começam a ser trazidos a luz do dia, tornarão tóxicas muitas pretensões eleitorais.

Afinal, uma coisa é ser estilingue e outra é ser vidraça.

E, segundo o mito, Narciso era tão belo e tão vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo.

Morreu de fome e sede à beira da fonte de água onde via sua imagem refletida.

O mito ensina que o excesso de vaidade e falta de empatia pelos outros podem ser prejudiciais e muitos dos políticos locais não conseguem ver senão a si próprio.

E o povo é o espelho que os matará de fome e sede algum dia.

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