07 de maio | 2023

… E Por Falar Em…OUTLET

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A. Baiochi Netto

Estão previstas para 2024 a conclusão das obras e a inauguração do “outlet” que se encontra em construção às margens da Avenida Benatti, em local próximo ao Thermas dos Laranjais e em direção à Rodovia Assis Chateuabriand.

As obras são de iniciativa do setor privado e encontram-se em pleno andamento. A nosso ver, uma observação interessante: tem-se a impressão de que parte da população ainda não teve sua atenção despertada para a grandeza desse empreendimento ou para os reflexos positivos que de sua realização advirão para a economia da cidade e do município.

Sobre o assunto, e coincidentemente, o jornal “O Estado de São Paulo”, em uma de suas edições desta semana, publicou atualizada matéria sobre o surgimento dos “outlets” e sobre o sucesso que vêm alcançando no ramo de confecções e de outros produtos de uso pessoal, na área do comércio varejista.

Diz, a reportagem, que o “outlet” nasceu de uma iniciativa das grifes dedicadas à produção de bens de uso pessoal destinados às classes mais ricas, de maior poder aquisitivo. Ocorre que ante o volumoso estoque desses bens, que ficam sobrando após as temporadas de mercado, as grifes produtoras decidiram colocar esses estoques à venda, com considerável desconto em seus preços de venda, atraindo, dessa forma, os consumidores em geral. Em suma: confecções de alto custo e de boa qualidade colocadas à venda por preços mais acessíveis. São mencionadas, como exemplos, as grifes Gucci, Burberry, Dolce & Gabbana, Ferragamo.

Para a venda de seus produtos com altos descontos são montados estabelecimentos comerciais, pelas próprias “grifes”, agrupados em centros de mercado varejista que passaram a se denominar “outlets”. Ao que se comenta, esses centros de venda “bombaram”, com grande afluência do público consumidor, de tal forma que em suas versões mais modernas, os “outlets” vêm ampliando a linha de produtos colocados à venda, além do imaginado inicialmente, como estão sendo ampliados com a inclusão de praças de alimentação, de áreas de entretenimento e de cinemas.

O investimento na implantação, porém, é bastante elevado, de tal modo que poucas cidades terão o privilégio de contar com “outlets” locais. Ao que se informa, Olímpia seria a segunda cidade no interior do estado, e uma das poucas em todo o Brasil, a contar com um grande centro comercial dessa natureza. A escolha se dá em função do público consumidor previsto. Olímpia, com mais de dois milhões de turistas/ano, projetando-se o dobro a médio prazo, enquadrou-se com folga nessa condição. Considerando tais exigências, estaria sendo projetada a construção de um terceiro “outlet” no interior do estado, a ser localizado às margens da Rodovia Anhanguera, por onde trafegam em torno de 90 mil carros diariamente.

Retornando ao assunto local: é de se prever que tão cedo nenhuma cidade da região ou das regiões mais próximas terá seu “outlet”. Para Olímpia, portanto, é mais um atrativo, não só para a afluência de turistas como também para o público consumidor desta e das regiões mais próximas, inclusive de cidades maiores que a nossa.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Tributário pela PUC – São Paulo. Consultor em Direito Público e em especial nas áreas do Direito Orçamentário e Lei de Responsabilidade Fiscal, autor de trabalhos técnicos para o CEPAM e APM/SAREM.

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