04 de setembro | 2022
… E Por Falar Em…Omissões e Equívocos
A. Baiochi Netto
É bastante comum e generalizado o fato de agentes públicos no exercício de funções e cargos governamentais, de provimento político, externarem suas ideias, objetivos e comentários através de artigos que levam sua assinatura e que são distribuídos para a mídia impressa, especialmente para os jornais que circulam em áreas territoriais de seus interesses.
É o caso de Vinicius Lummertz, atual Secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e que, anteriormente, no Governo Federal, já exerceu os cargos de Secretário Nacional de Políticas de Turismo e de Presidente da Embratur.
No final do mês de agosto p. passado a imprensa regional publicou artigo assinado pelo ilustre Secretário, de título “O Bom Exemplo de Olimpia”, onde o autor considera que em 2009 Olimpia era apenas uma pequena cidade e agora é uma Estância Turística que registra mais de 3 milhões de visitantes por ano, com uma população flutuante 50 vezes maior que a população fixa, que conta com a segunda maior rede hoteleira do Estado, que, após o Thermas, já ganhou um novo parque aquático, que o turismo sustenta o mercado de trabalho local, e mais outros dados informativos.
Na parte final do artigo considera Olímpia uma referência do turismo nacional, concluindo que a cidade é um exemplo de administração pública eficiente e com visão de futuro, a ser seguido por outros municípios.
Ao insinuar ou vincular, porém, o sucesso do turismo em Olímpia à administração pública, o ilustre articulista incorre em grave e lamentável omissão e em gritante equívoco.
Lamentável omissão ao omitir que o Thermas nasceu e é fruto exclusivo da iniciativa empresarial (Benito Benatti), omitindo, ainda, na sequência, outros investimentos da área empresarial que vêm fortalecendo o turismo local, incluindo o Hot Beach.
Não bastasse menosprezar os empreendedores olimpienses, comete gritante equívoco porque, excluída a atuação do ex-prefeito Rizzatti, quando a Prefeitura participou das obras de construção e de paisagismo do Thermas, a realidade é que a partir de então, as demais gestões, em termos concretos, não realizaram nenhuma obra ou investimento na criação de novos atrativos para o turismo local, como também, em termos urbanísticos, pouco inovaram. Tanto assim que, sob alguns aspectos urbanísticos, Olímpia não corresponde ao que seria ideal e exigível para uma cidade que ostenta o honroso porte de sede de distrito regional do turismo.
Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em direito administrativo e tributário.
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