03 de setembro | 2023

Corrida eleitoral começou, com o lançamento de nomes para negociação?

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“Tudo, como se vê, no momento, é pura especulação. Todos são, mesmo não sendo, e serão até o momento em que deixarem de ser. Como dizia Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha, ela está de um jeito. Você olha de novo, e ela já mudou”.

 

Do Conselho Editorial

Evidente que o lançamento da pré-candidatura do vereador Tarcísio Cândido de Aguiar, com a presença de Valdemar da Costa Neto, antecipa as discussões para as eleições municipais do ano que vem.

Tarcísio de Aguiar acrescenta seu nome a uma lista relativamente extensa de possíveis candidaturas que circula nas rodas de conversas políticas, sendo que Gilberto Tonelli Cunha, Eugênio José Zuliani e agora Tarcísio de Aguiar são colocados como os mais prováveis.

Circulam nomes como Hilário Ruiz, Márcio Iquegami, Zé Kokão, Guilherme Kiil, Márcio Ramos, Willian Zanolli, Tina Riscali, Maura Troncoso, Priscila Foresti, e outros que podem vir a público nas convenções.

Esta semana, Flávio Olmos, também confirmou que é pré-candidato a prefeito para a âncora do programa Cidade em Destaque, Bruna Arantes, pela Rádio Cidade.

Nenhuma destas pré-candidaturas, por mais que a vontade pessoal dos pré-candidatos ou mesmo a simpatia de seus futuros eleitores deseje, pode ser afirmada com certeza absoluta de que terão seus nomes registrados para a disputa do cargo majoritário.

Muitos ficarão pelo caminho, engolidos pelas negociações partidárias, outros não conseguirão montar chapas proporcionais para alavancar a candidatura majoritária.

Alguns pensarão que economicamente não será viável disputar a eleição, que não terão chances diante das forças adversárias, não disporão de tempo de mídia suficiente para mostrar sua proposta ou, simplesmente, terão um desempenho nas pesquisas que não aconselhará a candidatura.

Sem contar a pressão exercida por aqueles que detêm o poder no Legislativo e no Executivo, que utilizarão várias manobras para esvaziar pré-candidaturas majoritárias ou atrair candidatos proporcionais, esvaziando ou diminuindo as chances de uma candidatura com chance mínima de competição.

Isso já está acontecendo com ofertas de cargos, empregos, propostas de ajuda econômica na campanha, contratação de terceirizadas ou contratação nas terceirizadas através dos políticos eleitos.

O que está escrito acima não é nenhuma denúncia do que pode estar ocorrendo em Olímpia, é uma descrição do que ocorre nas eleições brasileiras em quase todas as cidades do território nacional.

A disputa eleitoral, nos bastidores, geralmente, causa engulhos e repulsa naqueles que realmente são sérios e primam pela honestidade.

A maioria dos eleitos é um subproduto de uma sociedade corrompida pelos costumes, pela cultura da submissão e pela noção de que parte da população é impotente para mudar as coisas, porque sempre foi assim.

Este conformismo, aliado à compra de votos e consciências, transforma a disputa política no Brasil em uma das mais corruptas e corrompidas do universo.

Alguns dos nomes colocados publicamente para a disputa sabem que não serão candidatos, mas querem garantir, o que é legítimo, o lugar de vice em alguma chapa que acreditam ter chance na disputa.

Outros, numa atitude imoral, colocam seus nomes porque disputam votos no mesmo curral eleitoral de outro candidato que tem mais chances e postulam o cargo para negociatas vergonhosas no governo futuro.

Essas são muitas das razões pelas quais muitos dos nomes lançados podem não estar nas urnas na próxima eleição.

O provável lançamento de Tarcísio de Aguiar ao lado de Valdemar da Costa Neto dá início à discussão sobre os próximos pré-candidatos a prefeito nas próximas eleições.

A princípio, considera-se que, entre os três possíveis pré-candidatos, Eugênio José, que foi candidato a vice-governador na chapa de Rodrigo Garcia, ainda possa ter problemas para confirmar sua candidatura.

Gilberto Tonelli Cunha, o candidato do prefeito, pode não decolar nas pesquisas e Cunha pode recuar de sua candidatura.

Já Tarcísio Aguiar navega nas águas do bolsonarismo, que elegeu Tarcísio governador e pretende com a mesma fórmula eleger muitos prefeitos no Estado. Ele enfrenta investigações sobre as joias que avançam sobre o Mito, o que pode contaminar seu potencial de transferência de votos, retirando dele e de seus seguidores o discurso da moralidade e do combate à corrupção. Tudo, como se vê, no momento, é pura especulação. Todos são, mesmo não sendo, e serão até o momento em que deixarem de ser. Como dizia Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha, ela está de um jeito. Você olha de novo, e ela já mudou”.

Em Olímpia, por enquanto, o cenário político está desse jeito que se vê.

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