02 de junho | 2019

Brasil um país em chamas a caminho do incêndio?

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Do Conselho Editorial

Por mais que parte significativa da insana classe média insista em não perceber o flerte com a loucura deste governo, com viés autoritário e fascista, que está conduzindo o país ao precipício, quando se sentir economicamente atingida irá hipocritamente despertar.

Será que terá sido muito tarde, terão ido os anéis e o dedo?

Os números que a economia tem apresentado demonstram claramente que a maioria dos que ainda apoiam esta tresloucada aventura que ninguém consegue perceber onde pretende chegar e com quais propostas, serão gravemente atingidos.

Observa-se no mercado a estagnação, alguns empresários já começaram a jogar a toalha e outros percebem que suas reservas econômicas acenam para o fim de seus sonhos de crescimento e expansão dos negócios.

Debitar isto aos governos passados, entre eles os exercidos por petistas, pode servir de alento e desculpa não explicando e nem justificando o discurso de mais de três anos que bastava tirar o partido do poder para que as coisas melhorassem.

Não foi o que ocorreu. Contrário a isto o presidente solução foi preso e solto duas vezes e a alardeada revolta em relação ao pretenso combate a corrupção parece não ter a mesma indisposição que demonstrava em relação ao governo anterior.

Isto pode ser demonstrativo de que ocorreu no Brasil uma guerra de torcida de futebol. “Fulani­zaram” a política e ao perceberem que o que apontavam como solução era o alicerce para o caos, buscaram outra fórmula mais truculenta, idiotizada, incompetente e suspeita de corrupção como as que fingiam combater.

A cada dia o vinculo com milicianos se destaca nos noticiários envolvendo toda a família presidencial como se a mesma fosse a composição de uma quadrilha que tomou de assalto o Planalto.

Estas revelações aliadas à constatação do número de alucinados que estão na linha de frente do atual governo e a ausência total de uma proposta viável para tirar o país da situação que se encontra vai isolando o pretenso salvador da pátria.

A contribuição extremamente negativa dos discursos de estímulo ao ódio e ao preconceito, por outro lado, transforma em pó a credibilidade que o Estado brasileiro gozava no exterior.

As políticas anunciadas para setores como Educação, Cultura, Meio Ambiente, Trabalho, Direitos Humanos, Justiça e Previdência, por exemplo, transportam a nação para o período das trevas e repercutem no mercado que por várias razões evita investir onde não há segurança jurídica.

A valorização da barbárie oculta no discurso de combate a ideologização, visando ideologizar a extrema direita afrontando direitos de livre expressão do pensamento, impondo práticas autoritárias alimenta a polarização e o embate constante fornecendo caldo para que pactos de restabelecimento da paz e da concórdia não se efetuem.

A tendência, pelas observações levadas a efeito em relação ao que ocorre nas economias mundiais, com efeito marcante na vizinha Argentina, pode estabelecer que está destinado ao Brasil um futuro incerto, com falências de empresas e desemprego crescente.

A prática governamental parece ser de estímulo a polarização, o discurso do ódio é muito presente na boca do mandatário e na linha de frente de seus ministros, o que fortalece a presença dos que se opõe aos desmandos perpetrados na insensatez do desmonte da máquina pública.

Afora o círculo dos militares que rodeia o poder, cuja opção pelo silêncio indica ou omissão ou golpe a vista, o resto, porque resto é, aposta no quanto pior melhor e arrasta a nação à borda do precipício.

E grande parte da classe média, porca, mal formada, mal informada, besta de presépio, estúpida, radical, autoritária, endossa as práticas condutoras de bovinos aos matadouros, a estupidez não tem limites.

E, infelizes vitimas dos carrascos, felizes se deliciam com a corda que lhes foi atada ao pescoço, entusiasmadas com o que a futilidade pensa que pode ser enfeite na vida preenchida por inúteis futilidades.

 E, se dispõe a chutar o banquinho que as mantém vivas pensando que viajarão ao paraíso por não ter consciência do inferno que as espera.

A estupidez não permite visualizar que hoje o Brasil pode ser um país em chamas a caminho do incêndio.

 

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