02 de novembro | 2015

Uma realidade real: é preciso parar de brincar de governar

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A VIDA REALMENTE …

… parece ser uma coisa estranha de ser entendida. Uns a vêm de um jeito, outros de outro. No entanto, ninguém tem certeza de nada. Não dá para garantir que o que vemos é verdadeiramente o que é. Ou você nunca viu uma coisa e achou que a coisa e não era a coisa?

SERÁ QUE É …

… porque os nossos sentidos são falhos, que cada um vê as coisas de modo diferente do outro? Ora, se todos enxergamos de maneira diferente, quem será que está certo, então?

ELEMENTAR, CARO …

… leitor, se você enxerga o que vê, ouve, cheira, lambe e ta­teia, obviamente, que você vai entender que o correto é você. Todo nós acreditamos que o que sentimos é o mais cor­reto. Por que eu vou acreditar no que o outro vê? Oras bolas.

JÁ QUE VOCÊ …

… pensa assim, em primeiro lugar, louco é a … equação que nos leva a acreditar que não existe o que acreditar e que é preciso pensar muito, duvidar bastante e acreditar pouco, pesquisar bastante até encontrar uma resposta mais clara para que possamos chamar de verdade. Confuso, “né”?

EU TAMBÉM …

… acho, mas entendo que, antes que alguém resolva internar este “lucubrador precoce”, é melhor voltar ao mundo quase real, ou para o mundo das ideias, já que não dá pra ter, neste momento, em sã consciência (será?), certeza de que a realidade realmente exista.

COMO SE FÔSSEMOS …

… personagens de um filme real vivido dentro de um grande computador (chamado mundo) com uma realidade virtual alienante, que nos transforma em meros robôs, criados e programados para produzir, produzir e produzir, para poder consumir, consumir e consumir uma pequena parte, algumas migalhas, daquilo que nós mesmos produzimos, vamos começar a avaliar os últimos capítulos desta intrincada novela chamada “O Direito de Quase Viver”.

E NÃO É QUE …

… aquela que carrega o sobrenome deste ser que não sabe se vive, ou se vegeta, ou se é apenas alguns bytes de ondas radioelétricas transitando por canais do grande computador, o “tar do the world”, a grande “falha”, quer dizer, filha, com o seu teclar rápido, acabou se envolvendo em mais uma polêmica no tal do “Facebook”.

PARECE QUE …

… está no sangue que corre nas veias, ou na energia que corre nos fios do corpo, os nervos, o dom para o questionar e criar polêmicas. Um comentário sobre os conceitos que carrega como verdades em seu HD cerebral publicado no mundo virtual e lá se vão mais de duas centenas de compartilhamentos e outras tantas centenas de curtidas no tal do site de relacionamentos que substituiu o afeto, a empatia e até o contato físico entre os seres humanos, para promover o constante contato virtual entre robôs de carne e osso, distribuídos em 70% de substância aquosa.

SEM ENTRAR …

… no mérito da questão, que foi transformada em matéria em outra página deste jornal, a primogênita deste ser Neandertal acabou fazendo uma comparação do atual chefe do governo municipal, ou seja, o nosso grande imperador Eugênio José, o Genioso, com o prefeito de fato que Olímpia tem há várias décadas, mas que nunca sentou em nenhum dos tronos, o antigo da 9 de Julho ou o agora pomposo e rico e fartamente iluminado da praça Rui Barbosa.

O TEMA, PODE …

… ter sido despertado (ou não) por dois fatos que podem ser considerados esdrúxulos, um deles chega a causar até nojo, não tanto pelo que prega, já que hoje em dia o lema é o tentar sempre criar a ideia de que se está fazendo tudo para o bem comum, quando na verdade o que se está levando a efeito é situação de cunho pessoal ou de pequenos grupos que se locupletam no poder.

O PRIMEIRO …

… e talvez, o mais grave deles, que acaba tirando recursos do município para beneficiar sabe-se lá quem, ou quantos, mas, claro, sempre daqueles que estão próximos do poder e que este terá o poder de decidir quem vai ser, é o tal de incentivo fiscal para empreendimentos ligados ao turismo que se instalem ou que foram instalados no município nos últimos três anos.

ORA, SENHORES …

… de modo geral e não se pensando no privilégio que pode ser considerado para os grupos amigos, como que um prefeito que não consegue sequer dotar a cidade de equipamentos básicos e mesmo conservar a cidade para receber aqueles que hoje já representam mais de 60 % da nossa economia, os turistas, pode abrir mão de receita.

PARA OS PRÓPRIOS …

… empreendimentos ligados ao turismo (claro no sentido geral e não no do bolso, ou do umbigo de cada um isoladamente) seria melhor que o município arrecadasse mais e aplicasse em tratamento de água e esgoto, em embelezamento da cidade, em capacitação até de empreendedores para atuarem nos pontos que hoje são falhos em nossa cidade, em gestões para que sejam melhorados os nossos sistemas de energia elétrica que, mesmo sofrendo melhorias, não vai dar conta da demanda dos próximos 3 a 5 anos, quando poderemos ter a cidade com até 100 mil habitantes nos períodos de férias. Na mesma esteira, os sistemas de telefonia e internet  etc, etc, etc.

MAS … NÃO …

… o grande Genial Genioso quer dar isenção de IPTU e ISS para empreendimentos novos e mais recentes, além de tudo, deixando de fora os pioneiros que é o próprio Parque Aquático Thermas dos Laranjais, o Tuti Resort e um grande contingente de hotéis, pousadas e até casas de aluguel para turistas, mostrando que o governo atual parece morrer de inveja do Thermas e dos empreendimentos tidos como pioneiros, beneficiando os outros, com quem parece ter mais afinidade política.

ALIÁS, PELO …

… trabalho realizado pelo grande imperador nos seus últimos seis anos à frente da prefeitura local, convenhamos, deixou muito a desejar em termos de realizações voltadas para o turismo. Bom, se bem que, na verdade, pelo menos na visão empírica deste colunista, o nosso grande imperador, mostrou ser um jovem brincando de ser prefeito, ou seja, seu quadro de realizações vai do nada para o lugar nenhum, ou para o estado de inocuidade, ou mesmo pode ser considerado o elemento neutro na soma de zero.

O OUTRO TEMA …

… que volta à baila é querer cobrar do turista, que vem aqui, gasta seu dinheiro de forma direta ou indireta, no mercado local (senão não se poderia acreditar que mais de 60% da economia já giraria em torno do turismo), por serviços como saúde, por exemplo, que é uma obrigação constitucional do Estado.

E MAIS UMA …

.. vez, também vem à tona a choradeira do provedor da Santa Casa, o membro do grupo político de Eugênio, que aliás, assumiu o hospital na marra, através de intervenção, o poeta, economista e advogado Mário Montini, que sempre coloca que deixa família e afazeres para tomar conta da entidade.

ORA SENHORES …

… o grande Mário, com todas os seus títulos, deveria compreender, em primeiro lugar, que quem assume um cargo em uma entidade pública, tem que ter noção de seu compromisso e de suas responsabilidades e, que se quiser chorar, chore no ombro da própria família, ou dos amigos mais próximos nos momentos de confraternização, não em público. Ninguém quer saber de seu sofrimento ou do que tem deixado de fazer em razão de suas atividades beneméritas. Está lá por que quis. Ninguém o obrigou a estar provedor. A não ser que tenha tantos compromissos com o Genioso que não possa abandonar o barco.

E MAIS, …

… se o governo e o grupo político, o qual ele representa, pois na entidade hoje só tem soldados geniosos, e até lugar tenente ganhando para deixar o hospital em situação difícil, não estiver dando conta do recado, é só pedir o boné e caiar fora da entidade. Quem sabe não surge uma outra Helena Pereira para assumir e, aí sim, fazer novamente a população, as empresas, enfim, a própria comunidade colaborar com uma entidade que embora seja uma associação benemerente particular, não tenha nada a ver com a politicagem local.

PORQUE …

… hoje, minha gente, não dá para colaborar com um grupo de apaniguados do atual governante que tomou a entidade na marra por questões políticas de quem estava suando a camisa para levar adiante e acreditar que a colaboração será bem empregada por quem gasta mais de R$ 100 mil para construir cozinha que não funciona, quem leva meses a fio para reformar uma UTI e não consegue, agora sem o atendimento de urgência que foi para a UPA, sequer manter a entidade de pé.

PARA COM ISSO …

… minha gente, se não estão dando conta do recado, calcem as sandálias da humildade e entreguem o barco para quem tem competência para voltar a colocar o hospital entre os melhores do Estado. Se esta não quiser, quem sabe não surja alguém distante desta oligarquia politiqueira local que consiga convencer a sociedade a ajudar a entidade.

AGORA, QUERER …

… cobrar a conta pela incompetência administrativa de um governo que não consegue nem existir de fato, do turista ou do Thermas (que inclusive paga todas as contas de seus usuários, sem contar que ajuda até a pagar outras) é assinar um atestado de incapacidade administrativa, tanto por parte da Santa Casa, quanto por parte do próprio governo que recebe todo o imposto arrecadado e que também é pago pelo próprio turista que consome aqui, para cuidar justamente destas coisinhas básicas que compõem as funções de uma prefeitura de uma estância turística que não tem nem o requisito mais básico para sê-lo, que é tratar o próprio esgoto.

AH, SENHORES, …

… a gente fica com o … cheio de ver e ouvir tantas asneiras. Tá na hora deste pessoal entender que não dá para achar que são ungidos, os Deuses do Olimpo e que todo mundo vai ficar acreditando em qualquer asneira que esbravejem por aí. Vamos parar de brincar de administrar esta cidade e colocar pessoas profissionais para fazê-lo. E não ficar choramingando e jogando a culpa no mundo …

AINDA NESTA …

… mesma seara e que em Olímpia não se viu um pio, foi a tal da reorganização escolar que está para ser implantada e que vai alterar a vida de quase 1200 alunos e de dezenas de professores de cinco escolas da cidade.

ANTES DE ENTRAR …

… diretamente no assunto, se faz necessário salientar que, atualmente, os pensadores da área, entendem que a educação não está educando nada e sim, criando um grande contingente de robôs treinados para trabalharem em linhas de produção e para consumirem o que produzem, e não seres humanos com senso crítico suficiente para saber discernir entre o real e o imaginário, entre o ter e o ser, entre a política e a politicagem e que, principalmente seja cumpridor dos seus deveres e sabedor e “exigidor” de seu direitos.

AS CAUSAS …

… são muitas e variadas, desde a mudança do sistema de vida das famílias que não têm mais tempo para educar os filhos, até ao próprio sistema de ensino que utiliza métodos oriundos de séculos atrás, ou no nosso caso, desde os tempos do Jesuítas que foram os primeiros educadores no Brasil.

CADA VEZ …

… mais, no entanto, vem se configurando o pensamento de que será preciso adequar o atual sistema para a nova realidade da população não só brasileira, mas mundial. A era tecnológica.

MAS NÃO …

… tem, ainda, uma fórmula mágica que seja considerada universal. Mesmo porque, ninguém é igual a ninguém e cada cultura tem uma série de condicionais que têm que ser levadas em consideração. Neste aspecto, a tal da reorganização, se tiver o condão de realmente iniciar um processo de revolução da educação, estará no caminho certo.

NO ENTANTO, …

… não dá para mudar nada apenas separando os jovens por idade. É preciso muito mais que isso. É preciso, principalmente, nestes próprios ciclos, promover a igualdade, não empilhando os meninos e meninas em salas que mais parecem celas de presídio, e, sim, tratá-los de maneira desigual na medida de sua desigualdade, esta seria a real inclusão.

NÃO DÁ …

… para reunir numa mesma sala 40 alunos em estágios totalmente díspares de aprendizado. É preciso tratar os que estão em estágios inferiores de forma a que alcancem rapidamente o estágio dos outros. Apenas jogá-los em salas superlotadas é igualá-los por baixo não vai resolver, ainda mais com professores que não têm tempo nem de preparar aulas, que dirá se adequarem à nova realidade, já que não ganham o suficiente para isso e nem têm tempo para estudar, já que têm que trabalhar infinitas horas para poder prover o próprio sustento. É continuar criando apenas humanoides programados para apenas sobreviver num mundo liderado por desumanos, desumanos demais.

 

José Salamargo, sem querer correr, mas já correndo, lutando para a volta da empatia, do carinho, da amizade, da troca entre humanos, enfim da construção de um futuro com mais simplicidade, mais amor e menos ódio, com seres que queiram ser mais do que ter mais.

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