26 de novembro | 2023

A surpreendente inércia dos pré-candidatos à prefeitura de Olímpia.

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“A situação atual em Olímpia serve como um lembrete de que a política não deve ser um jogo de espera ou de reações. Deve ser um espaço para proatividade, inovação e, acima de tudo, para o serviço ao cidadão”.

 

Do Conselho Editorial

A cena política de Olímpia viveu um momento de efervescência com o anúncio da pré-candidatura de Gilberto Tonelli à prefeitura, apoiado pelo atual prefeito Fernando Cunha. Essa movimentação trouxe à tona vários outros nomes, como Geninho Zuliani, Tarcísio Candido de Aguiar, Flávio Olmos, Tina Riscalli, Márcio Iquegami, Willian Zanolli, Zé Kokão e Neto Naim, todos com aspirações ao cargo máximo do município.

Inicialmente, o endosso do prefeito Fernando Cunha a Gilberto Tonelli, transformado em secretário de Obras possivelmente para ganhar visibilidade, parecia um jogo político bem calculado. Tonelli, com suas frequentes visitas a obras e participações em eventos públicos, ao que parece, motivava toda a movimentação nos bastidores da política local.

No entanto, uma reviravolta ocorreu quando Tonelli se afastou para tratamento de saúde, deixando um vazio surpreendente no panorama político.

O afastamento, longe de acirrar a competição, parece ter desacelerado significativamente o ímpeto dos outros pré-candidatos.

Esta falta de dinamismo sugere uma dependência excessiva dos movimentos e decisões do prefeito Cunha, o que levanta preocupações sobre a autonomia e a inovação entre os possíveis futuros líderes da cidade.

A situação atual em Olímpia destaca uma centralização de poder que vai além da gestão do prefeito Cunha, influenciando fortemente a escolha de seu sucessor.

A ausência de debates vigorosos e a relutância dos pré-candidatos em se posicionarem de forma independente são sintomas de uma política que se movimenta mais por reação do que por ação.

Neste contexto, é crucial refletir sobre a saúde da democracia local. A participação ativa e engajada de diversos candidatos em campanhas eleitorais é fundamental para uma democracia vibrante.

A população de Olímpia merece uma gama de opções, cada uma apresentando visões distintas e soluções inovadoras para os desafios da cidade. A atual inércia sugere uma falta de diversidade nas opções políticas e uma possível complacência com o status quo.

Além disso, este cenário traz à tona a importância da resiliência em política. Desafios inesperados, como a saída temporária de um candidato do prefeito, são inevitáveis.

A capacidade dos pré-candidatos de adaptar-se e continuar a promover suas ideias e projetos é crucial. Esta adaptabilidade não apenas reflete a força de um candidato, mas também a saúde da própria democracia local.

Por fim, a situação atual em Olímpia serve como um lembrete de que a política não deve ser um jogo de espera ou de reações. Deve ser um espaço para proatividade, inovação e, acima de tudo, para o serviço ao cidadão.

À medida que nos aproximamos das eleições, espera-se que os pré-candidatos reconheçam essa responsabilidade e se apresentem não apenas como alternativas ao status quo, mas como verdadeiros representantes das necessidades e aspirações do povo de Olímpia.

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