03 de setembro | 2017
A reforma da praça e a reforma dos cérebros
Do Conselho Editorial
A Prefeitura Municipal, através do prefeito Fernando Cunha, anunciou que conseguiu verbas junto ao governo do Estado para um projeto de revitalização da Praça Rui Barbosa.
Uma ótima notícia que acabou por se transformar em discussão pública acirrada nas redes sociais.
Sempre saudáveis que as discussões tomem o rumo que tomaram. Mais saudáveis ainda se no decorrer das discussões esteja como acréscimo a informação e o consequente crescimento do ser humano.
Quando pessoas bem informadas fingem, fazem que desconhecem, ou omitem informações para provocar desgaste no governante do qual discordam, manipulando o pensamento de outras pessoas bem intencionadas que não estão a par da situação, é deveras entristecedor.
E o debate público nas redes sociais, no tocante a revitalização da Praça Rui Barbosa, infelizmente tinha muito desta condenável prática de escamotear a verdade ou introduzi-la em textos paralelos para abrir espaços de defesa em possíveis contestações.
O cidadão escreve um “textão” inverídico e dedica duas linhas bem no escondidinho, com a verdade sobre a situação, para quando alguém contestá-lo poder afirmar que no parágrafo centésimo nonagésimo sexto de sua manifestação estava explícito que era desta ou daquela maneira.
Enquanto isso, os insuflados pelo técnico, autoridade de tudo de plantão, vão tratando a discussão como se o poder público não tivesse prioridades nem responsabilidades no trato com a coisa pública.
Geralmente é bem assim mesmo, razão pela qual fica fácil demais insuflar as pessoas contra os coronéis antirrepublicanos.
No caso da praça, pode e deve haver milhares de críticas procedentes, algumas, porém extrapolam em muito o bom senso e o desejo que a cidade caminhe na direção da modernidade.
Uma das críticas poderia ser endereçada a comunicação falha no atual tema que parece não ter conseguido passar para a sociedade o que conquistou de relevante no tocante à reforma da praça.
Não é função deste jornal, a título de ilustração, na crítica ao que poderia ter sido melhor elaborado pelos responsáveis pela imagem da administração, e para ilustrar os críticos das redes sociais, é necessário informar.
A verba destinada à revitalização da Praça Rui Barbosa será estadual com possível contrapartida mínima do município ou não.
A dubiedade fica por conta da não obrigatoriedade de deter a informação e ser esta função dever e obrigação dos que compõem as equipe de marketing do administrador.
A verba destinada ao turismo, deve ser, como maiorias das verbas públicas, carimbada, ou seja destinada à reforma da Praça. Quem acha, entende ou deseja que a verba seja destinada à Saúde, à Educação, à Assistência Social ou para tapar buracos na rua, está equivocado ou mal intencionado. Leis que disciplinam o tema destinação de verbas públicas não permitem e ponto final.
Pode-se acrescentar ai que quem insiste nisto paga mico nas redes sociais e os que colocam isto no rodapé são safardanas demais, alienadores, embusteiros, fraudadores da boa-fé que algumas poucas pessoas depositam neles (as).
Por uma razão de amizade com o prefeito local, um dos mais renomados e importantes arquitetos brasileiros, Ruy Ohtake, que tem reconhecidas obras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, generosamente, em breve deixará também sua marca na Estância Turística de Olímpia.
Durante visita do prefeito a São Paulo, o arquiteto apresentou o estudo preliminar de um Centro Cultural, com design contemporâneo, que visa proporcionar melhor utilização do espaço.
O projeto apresentado contempla a construção de um prédio, no espaço em frente à sede do Gabinete Executivo do Prefeito, com traços que enfatizam um diálogo peculiar, suave e ao mesmo tempo com vigor, entre o movimento da forma arquitetônica e o emprego de cores expressivas que são características marcantes nas concepções de Ruy Ohtake. O local terá um espelho d’água na entrada e acomodará salas, sanitários e um anfiteatro destinado a pequenas reuniões com cerca de 50 lugares.
O objetivo é modernizar a Praça Rui Barbosa, valorizando o desenvolvimento da cidade oferecendo novos atrativos, mas também preservar as características já existentes, conservando intactas a estrutura da igreja e da Praça da Matriz de São João Batista.
Acima algumas explicações passadas pela prefeitura através de entrevista do prefeito, que em momento algum falou sobre o destino das árvores e do alcance do projeto no tocante a Praça da Matriz.
Muito do inconformismo das pessoas se deve ao fato de que a praça foi reformada recentemente pelo ex-prefeito e naturalmente que outra reforma pode parecer desperdício de dinheiro.
Sem contar a quantidade de árvores que poderiam ser afetadas pelas obras caso o projeto fosse levado a efeito na região da praça onde elas florescem.
Estas e outras dúvidas só poder público pode esclarecer; ou então é conviver com o desgastes de opiniões que divergem por falta de informações e por falta de ser informado por quem deveria fazer e não faz adequadamente.
O projeto, por envolver um nome da respeitabilidade e reconhecimento internacional como é o de Rui Otacke, merece ser recepcionado com carinho, respeito e certeza de que mais que uma simples revitalização estará se recebendo uma obra que será inserida no catálogo de um dos mais renomados arquitetos deste país.
Ser contra isto, por desinformação sobre a importância da obra, merece compreensão; mas, ser contra, por simplesmente se opor à administração, merece repúdio.
Hora de reformar a praça e se possível, os cérebros.
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