28 de maio | 2017

A hora é de esperar fatos concretos e fugir das especulações

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QUE COISA ESTRANHA …

… “Eu conheço bem a fonte que desce daquele monte ainda que seja de noite. Nessa fonte tá escondido o segredo dessa vida. “Êta” fonte mais estranha. Sei que não podia ser mais bela, pois os céus e a terra bebem dela ainda que seja de noite. Sei que são caudalosas as correntes que regam céus, infernos, regam gentes. Aqui se está chamando as criaturas que desta água se fartam mesmo às escuras”, parafraseando Don Raulzito.

AGORA, SIM E …

… no entanto, tentando buscar um contraponto, a gente vai levando esta vida. O pior é não conseguir simplesmente se deixar levar. Esta mania de querer entender, de querer enxergar, leva as pessoas a experimentar realidades que nem sempre são pala­táveis, aceitáveis, ou mesmo assumíveis.

TUDO PODERIA …

… ser menos sofrível se cada um criasse sua própria verdade e, através de sua maneira de ver as coisas, construísse, dentro de si, o seu próprio mundo. Perfeito. Com tudo aquilo que cada um achasse importante para a própria felicidade. Um mundo imaginário maravilhoso que se vivesse como se realidade fosse.

A TRISTEZA …

… é perceber que isso quase acontece. Mas, ao contrário de cada um criar o seu próprio mundo, ou sua visão dele e viver dentro do seu contexto, o que ocorre é que colocam na nossa cabeça os valores que, como tubos de tinta, vão dar as cores com as quais vamos, cada um de nós, construir nossa própria pintura, nosso próprio quadro da vida.

PORTANTO, …

… o nosso caótico mundo, que já seria totalmente distorcido da realidade, da verdade, acaba sendo construído com valores que nos são impostos pelo consumo, pela tradição, por teorias que nunca iremos experimentar ou checar para ver se são certas, ou pelo menos condizentes com que a gente poderia enxergar sem elas.

ENTÃO …

… seríamos todos apenas meros robôs de carne e osso programados ou levados a ser o que somos? É uma tese que poucos conseguirão enxergar, ou questionar. E, como tese, claro, fruto da fonte desta vida, que são os sentidos, que imaginados formam ideias, que confrontadas formam o pensamento e por aí afora …

DE TODO JEITO, …

… qualquer tese é mera tese que, segundo a ciência, uma vez experimentada pode chegar a ser chamada de boa teoria, mas nunca de verdade absoluta. Quando muito verdade científica, passível de ser derrubada, confrontada e até modificada.

ONDE ESTARIA …

… então, a tal da verdade que tanto falam. O que seria esta dita cuja senão meros conceitos, teorias que nos colocam na cabeça como se absoluta fossem, mas que nunca se perpetuam, apenas duram até que outra lhe tome o lugar.

É DENTRO DESTE …

… caos que tentamos ser humanos, humanos demais.

DEIXANDO DE …

… “filhosofiar” e voltando para esta realidade pouco confiável de nossas vidas, este jornalista entende que esta semana cumpriu todo o ritual que a ética jornalística impõe para o tratamento de fatos, criados ou não, imaginados ou não, passíveis de ser noticiados, no caso da polêmica envolvendo o advogado Caia Piton, o Tutti Resort, o Thermas de Olímpia Resort e o próprio Thermas dos Laranjais.

TEVE RÉPLICA, …

… teve tréplica e até “live” do advogado pela rádio Cidade, em 98,7 Mhz, onde este jornalista comanda programa das 10 as 12 horas e pela internet, no Facebook.

CAIA …

… deu a sua versão dos fatos durantes 1h30 minutos. Respondeu perguntas de internautas que estavam conectados e as deste colunista.

TUDO O QUE …

… disse, no entanto, já foi noticiado neste jornal. Apenas alguns detalhes foram acrescentados e a impressão que se ficou é a de que a situação no primeiro resort construído na cidade, provocada por uma queda de braços entre dois grupos, ainda vai dar muito pano pra manga. Mas, embora esteja na boca do povo, é questão interna dos proprietários de apartamentos do empreendimento.

JÁ SOBRE …

… o Thermas dos Laranjais, o empresário, além das batidas interrogações que vem colocando desde o início, acrescentou que está propenso a convocar uma assembleia dos sócios patrimoniais do clube para que suas perguntas tenham respostas.

É DENTRO …

… deste contexto ético/jornalístico que este colu­nista e editor desta Folha coloca um ponto final nesta polêmica, pelo menos nos veículos que dirige. A não ser que fatos novos e realmente importantes, que fujam da repetição que se tornou esta polêmica, venham a acontecer.

A DISCUSSÃO …

… de meros fatos imaginados por cada um e sem o carimbar da reflexão crítica e o embasamento através de outros fatores, como acontecimentos realmente claros e oficiais não leva a nada, ao contrário, podem causar conse­quências nefastas para os interesses coletivos e individuais homogêneos.

José Salamargo – preocupado com o futuro desta terra que ama, mas, acima de tudo, não querendo alimentar a construção de uma pós-verdade cujas consequên­cias não são passíveis de quan­ti­ficação. Vamos aguardar para ver como é que fica, eis a questão.

 

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