15 de abril | 2007

Vereador pede que câmara investigue empréstimo de vice

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Durante a sessão ordinária realizada na segunda-feira (09), o vereador Eugênio José Zuliani (Geninho) solicitou ao presidente da câmara, vereador Francisco Roque Ruiz, que investigue possíveis irregularidades no contrato de empréstimo em consignação, no valor de R$ 60 mil, que o vice-prefeito José Augusto Zambom Delamanha contraiu junto ao banco Santander Banepa e repassou ao presidente precário da AFPMO (Associação dos Funcionários Públicos Municipais de Olímpia), vereador Antônio Dela-modarme (Niquinha) para pagamento de dívidas da entidade.

Geninho inclusive entregou cópia do documento onde Delama-nha teria declarado, com aval do encarregado de Recursos Humanos da prefeitura, vencimento de R$ 14.013,67, o que restaria na margem consignável de R$ 3.105,00, suficiente para o desconto em Folha de Pagamento das mensalidades de R$ 3.081,89.

A possível veracidade das informações contidas no documento, cuja cópia que Geninho informa ter recebido de maneira anônima, indicaria que o vice-prefeito tenha praticado alguma irregularidade ao declarar à agência bancária que receberia a importância de R$ 14.013,67 dos cofres municipais.

Geninho explicou para esta Folha que o documento é parte de um processo de empréstimo em folha de pagamento, contrato de mútuo em folha no Santander Banespa, no valor de R$ 60 mil, em nome de José Augusto Zambom Delamanha, em 28 parcelas, no valor de R$ 3.081,89 cada, inclusive com o primeiro vencimento no dia 07 de setembro de 2006 e o último no dia 07 de dezembro de 2008, ou seja, 24 dias antes do encerrado do seu mandato.

AFPMO

Para o vereador, esta informação não teria nenhuma importância se não tivesse sido declarado publicamente por outro vereador, Antônio Delamodarme (Niquinha), que o prefeito e o vice tinham feito um financiamento nos mesmos moldes, de R$ 60 mil cada um, totalizando R$ 120 mil, para pagamento das dívidas que ele tinha contraído na Associação dos Funcionários Públicos do Município de Olímpia – AFPMO – dívidas estas, até hoje não explicadas para o funcionalismo.

Ressalta ainda, Geninho, que existe, na cópia que recebeu do documento, uma declaração assinada pelo funcionário encarregado do Departamento de Recursos Humanos, Paulo Roberto Albano, com o carimbo da prefeitura ao lado, declarando que os rendimentos do vice-prefeito seriam de R$ 14.013,67, quando, segundo consta inclusive em publicação oficial, o vice-prefeito teria aberto mão dos subsídios inerentes ao seu cargo.

No documento assinado pelo funcionário municipal está escrito que "o empregador abaixo assinado confirma a disponibilidade de margem consignável para os fins de desconto em folha de pagamento de parcelas do empréstimo, em montante igual ou superior ao indicado acima no campo "valor da parcela" e reservar tais valores repassando ao banco pelo prazo e datas também indicados acima (…)". "Mesmo que através de decreto ou outro tipo de medida – continuou Geninho – o vice-prefeito tenha voltado a receber da prefeitura, o valor estaria superdimensionado, uma vez que o subsídio do vice é, se não me falha a memória, de R$ 5 mil por mês".

 

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